Josias de Souza
Apontado nas pesquisas como franco favorito a uma poltrona de senador por Minas Gerais, o governador tucano Antonio Anastasia cogita desistir da disputa. Ele trabalha com a hipótese de tornar-se coordenador da campanha presidencial de Aécio Neves, seu antecessor e padrinho político.
Para manter-se no páreo, Anastasia precisa deixar o cargo de governador seis meses antes da eleição. Presidente do PSDB mineiro, o deputado federal Marcus Pestana diz: “O governador Anastasia vai se afastar no dia 4 de abril. Mas não necessariamente para ser candidato ao Senado. Ele pode, de fato, coordenar a campanha nacional do Aécio.”
Curiosamente, a eventual desistência de Anastasia pode facilitar a vida do tucanato em Minas Gerais. A vaga de candidato a senador seria negociada no mercado das coligações. Hoje, o PSDB se apresenta em Minas com uma formação que passa aos potenciais aliados uma impressão de prato feito.
Aécio já decidiu que seu candidato ao governo de Minas será um tucano. Oscila entre o ex-ministro das Comunicações Pimenta da Veiga e o deputado Marcus Pestana. Para a posição de vice, o nome mais bem posto é o do presidente da Assembleia Legislativa, Dinis Pinheiro, um ex-tucano que migrou para o PP justamente para evitar o efeito “puro sangue”.
No xadrez das composições, resta a vaga de senador. Se Anastasia não acenasse com a possibilidade de abrir mão, nem isso o tucanato teria para oferecer aos potenciais aliados. No momento, o PSDB tenta seduzir em Minas Gerais, entre outros, o PSB de Eduardo Campos e o PMDB de Michel Temer. Pelo PMDB, admitira inclusive rediscutir a posição de vice.
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