Marcado para morrer
O assassinato de Fabrício Amorim, irmão do ex-prefeito de Lagoa Grande, Robson Amorim (PSB), sábado passado, naquele município, a 713 km do Recife, reacendeu na população o temor de que o próprio Robson seja a próxima vítima.
Não é o primeiro aliado do ex-prefeito a ser morto sob encomenda de um grupo rival ligado à família Mirandiba. Há quatro anos, Robson Amorim, no exercício do cargo de prefeito, viu seu secretário de Agricultura ser assassinado em circunstâncias muito parecidas com as do seu irmão, ontem, e um ano depois dois agricultores integrantes do seu grupo político.
Com Patrício, portanto, já são quatro assassinatos. O que se sabe e ouve em Lagoa Grande, em qualquer esquina da cidade, é que Robson está na lista dos que serão mortos. “Ele próprio sabe, mas não toma nenhuma providência”, alerta um parente do ex-prefeito, apreensivo com o quadro sanguinolento que reina no município.
Após o sepultamento de Fabrício, no final da tarde de ontem, o ex-prefeito foi procurado por um enviado do governador Eduardo Campos (PSB). A conversa girou em torno da necessidade dele passar a andar com seguranças, mas recusou. Mesmo assim, é possível que o governador o convoque para uma conversa, hoje, em Palácio. Afinal, além de filiado ao mesmo partido do governador, Robson lidera todas as pesquisas para prefeito em Lagoa Grande e isso desperta mais ira nos rivais e intranqüiliza a família Amorim.
Por Magno Martins
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