Coluna Fogo Cruzado – Folha de Pernambuco – 13 de março
Foi graças ao repórter Airton Maciel (JC) que Pernambuco soube do falecimento, no último dia 7, aos 93 anos de idade, do coronel Darcy Vilocq. O militar entrou para a História do Brasil por estar no comando de uma unidade do Exército no bairro de Casa Forte, no Recife, no dia 2 de abril de 1964, quando foi entregue à sua responsabilidade o ex-sargento Gregório Bezerra, que havia sido preso no município de Cortês por sua militância política em favor dos camponeses da Zona da Mata.
Ao noticiar o fato, o repórter teve o cuidado de ouvir a versão de um filho do militar, servidor aposentado da Celpe, já que o coronel figura nos livros de História como tendo sido responsável por uma sessão pública de tortura contra o preso que estava sob sua guarda. O filho nega as atrocidades do pai. Mas elas são confirmadas por depoimentos do escritor Paulo Cavalcanti no livro “O caso eu conto como o caso foi” e pela advogada Mércia Albuquerque que foi seu advogado até à morte.
Enquanto isso, Gregório completaria hoje, se fosse vivo, 113 anos de idade. E para não deixar que a data passe em brancas nuvens diversas entidades do município de Panelas, sua terra, irão reverenciá-lo. A exemplo do coronel Vilocq, ele também está na História, mas com outro perfil: “um homem feito de ferro e de flor” na definição do poeta Ferreira Gullar. Gregório, concorde-se ou não com suas ideias, foi o mais honrado e coerente comunista de todos os que militaram no extinto “Partidão”.
Foi graças ao repórter Airton Maciel (JC) que Pernambuco soube do falecimento, no último dia 7, aos 93 anos de idade, do coronel Darcy Vilocq. O militar entrou para a História do Brasil por estar no comando de uma unidade do Exército no bairro de Casa Forte, no Recife, no dia 2 de abril de 1964, quando foi entregue à sua responsabilidade o ex-sargento Gregório Bezerra, que havia sido preso no município de Cortês por sua militância política em favor dos camponeses da Zona da Mata.
Ao noticiar o fato, o repórter teve o cuidado de ouvir a versão de um filho do militar, servidor aposentado da Celpe, já que o coronel figura nos livros de História como tendo sido responsável por uma sessão pública de tortura contra o preso que estava sob sua guarda. O filho nega as atrocidades do pai. Mas elas são confirmadas por depoimentos do escritor Paulo Cavalcanti no livro “O caso eu conto como o caso foi” e pela advogada Mércia Albuquerque que foi seu advogado até à morte.
Enquanto isso, Gregório completaria hoje, se fosse vivo, 113 anos de idade. E para não deixar que a data passe em brancas nuvens diversas entidades do município de Panelas, sua terra, irão reverenciá-lo. A exemplo do coronel Vilocq, ele também está na História, mas com outro perfil: “um homem feito de ferro e de flor” na definição do poeta Ferreira Gullar. Gregório, concorde-se ou não com suas ideias, foi o mais honrado e coerente comunista de todos os que militaram no extinto “Partidão”.
Por Inaldo Sampaio.
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