Dr. Paulo Lima*
Existe um ditado, muito corrente, que diz que Deus não deu asas à cobra porque sabia o que estava fazendo.
De logo reconheço que este título é mais um plágio, dos tantos que - reconheço e por isto me penitencio - tenho cometido nestes últimos tempos. Mas, o pecado não é dos mais sérios.
Existe um ditado, muito corrente, que diz que Deus não deu asas à cobra porque sabia o que estava fazendo.
De logo reconheço que este título é mais um plágio, dos tantos que - reconheço e por isto me penitencio - tenho cometido nestes últimos tempos. Mas, o pecado não é dos mais sérios.
Refiro-me ao artigo que li hoje cedo, na coluna “Pinga Fogo”, do JORNAL DO COMMERCIO. Nele a articulista mostra que o Governador EDUARDO CAMPOS não vai permitir que nasça uma segunda opção de candidatura à Prefeitura do Recife, na chamada “frente popular”, pois isto certamente fortaleceria a candidatura de ARMANDO MONTEIRO para o Governo do Estado em 2014 e, sendo ARMANDO um candidato independente, livre das amarras do governador, é lógico que ele não vai deixar o campo livre para ARMANDO, pois, como diz o ditado popular, “Cobra nasceu sem asas e Deus sabe o que faz”.
Eu conheço um outro ditado, que ouvia quando criança, que a minha avó, “Dona Nenem”, que Deus a tenha, costumava repetir: Se nambu nasceu sem rabo não devemos dar rabo a nambu, pois Deus sabe o que faz. É verdade, Deus sempre sabe o que faz. Nós, não.
Dentro da política temos exemplos às centenas, de políticos que, no intuito de tentar preservar o poder, no mais das vezes dão asas a cobra ou, como digo, dão rabo a nambu e o resultado todos conhecem.
É que não raras vezes vemos a criatura se voltar contra o criador, tão logo passa a eleição.
Aqui mesmo, perto de nós, temos dois exemplos, onde, no primeiro caso, um meu desafeto político, que não tinha às mínimas condições de ser eleito vereador com votos obtido pelo seu único e exclusivo desempenho, ao ser eleito prefeito se voltou contra aquele que o colocou no poder, pagando com a mais infame ingratidão, a bondade do amigo. Outro, passado algum tempo da eleição, cuidou em mostrar ao mentor quem mandava na prefeitura, no caso, ele, o prefeito, fato este que resultou em diversas humilhações para aquele que o colocou no poder. Mas, como costumo repetir, política é assim mesmo.
Não pensem vocês que traições e atitudes desta natureza são frutos dos tempos atuais, vez que desde a Roma antiga que conhecemos traidores e traições, a exemplo daquela que contei num de meus artigos, um dia desses, onde Brutus assassinou o seu pai adotivo para chegar ao poder. Vale a pena rememorar:
“No século I A.C., o imperador romano Júlio César foi vítima de uma conspiração de senadores para tirá-lo do cargo. Entre eles estava o seu filho adotivo Marcus Brutus. O complô resultou no assassinato do imperador a punhaladas pelo grupo de senadores. Na hora da morte, Júlio César reconheceu o filho entre os seus algozes e proferiu a frase. "Até tu, Brutus, filho meu?".
O que me causa espanto é o fato dessas mesmas criaturas pensarem que a história não se repetirá com eles. Ledo engano.
É que em política poucas são as pessoas, que, ao chegar ao poder cumprem os acordos ou se mantêm fieis aos seus princípios.
E a lição que fica é sempre aquela que diz que não devemos dar “asas à cobra” ou “rabo a nambu”, pois se a cobra nasceu para rastejar e o nambu nasceu para voar rasteiro é porque Deus, ao criá-los desta forma, sabia o que estava fazendo.
Em tempo:
Esclareço que seria bem mais difícil EDUARDO ser traído por ARMANDO do que por esses bajuladores de plantão. Mas, repetindo a articulista política, EDUARDO, que não é besta nem nada, não quer dar “asas a cobra”. E finalizo: vai terminar sendo mordido por uma delas.
Um abraço a todos.
*PAULO ROBERTO DE LIMA é graduado em Filosofia pela Universidade Católica, bacharel em Direito pela Faculdade de Direito do Recife e atualmente exerce o cargo de Procurador Federal.
É que não raras vezes vemos a criatura se voltar contra o criador, tão logo passa a eleição.
Aqui mesmo, perto de nós, temos dois exemplos, onde, no primeiro caso, um meu desafeto político, que não tinha às mínimas condições de ser eleito vereador com votos obtido pelo seu único e exclusivo desempenho, ao ser eleito prefeito se voltou contra aquele que o colocou no poder, pagando com a mais infame ingratidão, a bondade do amigo. Outro, passado algum tempo da eleição, cuidou em mostrar ao mentor quem mandava na prefeitura, no caso, ele, o prefeito, fato este que resultou em diversas humilhações para aquele que o colocou no poder. Mas, como costumo repetir, política é assim mesmo.
Não pensem vocês que traições e atitudes desta natureza são frutos dos tempos atuais, vez que desde a Roma antiga que conhecemos traidores e traições, a exemplo daquela que contei num de meus artigos, um dia desses, onde Brutus assassinou o seu pai adotivo para chegar ao poder. Vale a pena rememorar:
“No século I A.C., o imperador romano Júlio César foi vítima de uma conspiração de senadores para tirá-lo do cargo. Entre eles estava o seu filho adotivo Marcus Brutus. O complô resultou no assassinato do imperador a punhaladas pelo grupo de senadores. Na hora da morte, Júlio César reconheceu o filho entre os seus algozes e proferiu a frase. "Até tu, Brutus, filho meu?".
O que me causa espanto é o fato dessas mesmas criaturas pensarem que a história não se repetirá com eles. Ledo engano.
É que em política poucas são as pessoas, que, ao chegar ao poder cumprem os acordos ou se mantêm fieis aos seus princípios.
E a lição que fica é sempre aquela que diz que não devemos dar “asas à cobra” ou “rabo a nambu”, pois se a cobra nasceu para rastejar e o nambu nasceu para voar rasteiro é porque Deus, ao criá-los desta forma, sabia o que estava fazendo.
Em tempo:
Esclareço que seria bem mais difícil EDUARDO ser traído por ARMANDO do que por esses bajuladores de plantão. Mas, repetindo a articulista política, EDUARDO, que não é besta nem nada, não quer dar “asas a cobra”. E finalizo: vai terminar sendo mordido por uma delas.
Um abraço a todos.
*PAULO ROBERTO DE LIMA é graduado em Filosofia pela Universidade Católica, bacharel em Direito pela Faculdade de Direito do Recife e atualmente exerce o cargo de Procurador Federal.
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