No primeiro dia da visita ao sertão pernambucano, a presidente Dilma cobrou agilidade nas obras da Transposição do São Francisco. Ninguém mais do que ela sabe que o ritmo tartaruga não se deu por acaso, mas foi gerado num impasse entre a União e o consórcio.
Tudo porque o Governo – leia-se o Ministério da Integração – não se convenceu dos reajustes cobrados pelos empreiteiros para a continuidade das obras, os chamados contratos aditivos. O impasse se deu entre o início do Governo da petista e se prolongou por quase 10 meses.
Vários lotes pararam as obras, estruturas foram desmontadas e milhares de trabalhadores perderam seus empregos. O ministro Fernando Bezerra já assumiu com a bronca dos aditivos, uma novela que parecia não ter fim.
Não adianta a presidente chegou ao canteiro das obras, revelar entusiasmo e cobrar, se ela própria não se envolver diretamente para que as negociações com o consórcio andem nos demais lotes parados.
Ao final da peregrinação em torno dos lotes da Transposição a presidente teve uma longa reunião com o consórcio e ali deve ter se inteirado dos custos e das demandas em curso. Na visita que fez a Sertânia, há um mês, o ministro da Integração disse que o problema da Transposição não era de caixa. Dinheiro, portanto, tem. Falta decisão política.
Por Magno Martins
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