Dr. Paulo Lima*
Sentei hoje, dia de Natal, em minha mesa de trabalho resolvido a escrever o meu último artigo do ano. Pois é. Mais uma vez não resisti e resolvi escrever alguma coisa para “torrar a paciência” de minha meia dúzia de leitores amigos. Afinal de contas, “navegar é preciso; viver, não é preciso”.
A propósito, somente ontem soube o real significado destas palavras, que pensava, equivocadamente, que se tratavam de trecho de um famoso poema de FERNANDO PESSOA, grande poeta português, imortalizado numa bela canção.
E não é que estava enganado? Explico. É que, conforme me foi dito ontem à noite, véspera de Natal, em verdade estas palavras eram um lema da famosa Escola de Sagres, de Portugal, berço dos grandes navegadores e dos descobrimentos, inclusive do Brasil. Aliás, tal escola nem existiu, na exata compreensão das palavras, vejam vocês, pois se tratava de um local onde se reuniam cientistas da época do descobrimento, junto a navegadores famosos e dessa parceria surgiam estudos que traziam mais segurança à navegação daquela época. Escola mesmo não existiu.
Mas, pensava eu, que o termo “navegar é preciso” seria usado como necessário, ao tempo que “viver, não seria necessário”. Estava enganado. Aliás, vejam vocês que a frase foi dita alguns séculos antes, pelo General romano de nome Pompeu, por volta do ano 70 A.C, ao transportar o trigo das províncias para a cidade de Roma, diante dos perigos da navegação. Segundo ele a travessia pelo mar deveria ser precisa, exata, mesmo que custasse suas vidas, já que viver é impreciso e o que importava era que o alimento chegasse com segurança à Roma. Pois é; gente não sabe até quando vai viver.
Em verdade, o real significado da frase é: Navegar deve ser uma ciência correta, exata, ao tempo que viver é impreciso, inseguro, indefinido...
Por isto resolvi escrever este artigo, deixando esta mensagem para vocês. Vivamos, sempre que preciso, preservando valores como a honestidade, a fidelidade, a humildade e a coragem e sejamos sempre intransigentes na defesa dos ideais nos quais acreditamos, pois a vida é assim mesmo, imprecisa por natureza e por isto mesmo é preciso que estejamos sempre de olhos abertos.
Afinal, “navegar é preciso; viver, não é preciso”.
Tenhamos todos um feliz 2012 e que Deus nos proteja.
Um abraço a todos.
*PAULO ROBERTO DE LIMA é graduado em Filosofia pela Universidade Católica, bacharel em Direito pela Faculdade de Direito do Recife e atualmente exerce o cargo de Procurador Federal.
Sentei hoje, dia de Natal, em minha mesa de trabalho resolvido a escrever o meu último artigo do ano. Pois é. Mais uma vez não resisti e resolvi escrever alguma coisa para “torrar a paciência” de minha meia dúzia de leitores amigos. Afinal de contas, “navegar é preciso; viver, não é preciso”.
A propósito, somente ontem soube o real significado destas palavras, que pensava, equivocadamente, que se tratavam de trecho de um famoso poema de FERNANDO PESSOA, grande poeta português, imortalizado numa bela canção.
E não é que estava enganado? Explico. É que, conforme me foi dito ontem à noite, véspera de Natal, em verdade estas palavras eram um lema da famosa Escola de Sagres, de Portugal, berço dos grandes navegadores e dos descobrimentos, inclusive do Brasil. Aliás, tal escola nem existiu, na exata compreensão das palavras, vejam vocês, pois se tratava de um local onde se reuniam cientistas da época do descobrimento, junto a navegadores famosos e dessa parceria surgiam estudos que traziam mais segurança à navegação daquela época. Escola mesmo não existiu.
Mas, pensava eu, que o termo “navegar é preciso” seria usado como necessário, ao tempo que “viver, não seria necessário”. Estava enganado. Aliás, vejam vocês que a frase foi dita alguns séculos antes, pelo General romano de nome Pompeu, por volta do ano 70 A.C, ao transportar o trigo das províncias para a cidade de Roma, diante dos perigos da navegação. Segundo ele a travessia pelo mar deveria ser precisa, exata, mesmo que custasse suas vidas, já que viver é impreciso e o que importava era que o alimento chegasse com segurança à Roma. Pois é; gente não sabe até quando vai viver.
Em verdade, o real significado da frase é: Navegar deve ser uma ciência correta, exata, ao tempo que viver é impreciso, inseguro, indefinido...
Por isto resolvi escrever este artigo, deixando esta mensagem para vocês. Vivamos, sempre que preciso, preservando valores como a honestidade, a fidelidade, a humildade e a coragem e sejamos sempre intransigentes na defesa dos ideais nos quais acreditamos, pois a vida é assim mesmo, imprecisa por natureza e por isto mesmo é preciso que estejamos sempre de olhos abertos.
Afinal, “navegar é preciso; viver, não é preciso”.
Tenhamos todos um feliz 2012 e que Deus nos proteja.
Um abraço a todos.
*PAULO ROBERTO DE LIMA é graduado em Filosofia pela Universidade Católica, bacharel em Direito pela Faculdade de Direito do Recife e atualmente exerce o cargo de Procurador Federal.
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