sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

DA COLUNA DE MAGNO MARTINS

Coluna da sexta-feira



Enfim, Cuba e EUA juntos

O mundo inteiro comemorou a reaproximação dos Estados Unidos e Cuba, anunciada durante encontro do Mercosul. O mais importante disso tudo é o fim do embargo econômico a Cuba. Barack Obama já anunciou que irá encaminhar ao Congresso norte-americano um pedido foram do fim da medida. Obama também garantiu que tentará derrubar a medida que considera a ilha um País que apoia o terrorismo.

“Vamos aumentar o comércio, vamos autorizar transações. Também o mercado financeiro será reaberto. Será mais fácil para os exportadores americanos venderem para Cuba. Infelizmente, as nossas sanções negaram a Cuba o direito de ter a nossa tecnologia. Agora vai ser mais fácil a integração entre os dois países. O Congresso vai começar um grande debate para derrubar o embargo à Cuba”, disse Obama.

Obama também destacou que espera mudanças por parte de Cuba. Entre elas, que o povo cubano possa ter uma participação mais democrática nas decisões do País. “Para os cubanos, os EUA oferecem uma mão de ajuda e esperança. A gente não quer ser mais um colonizador”, afirmou, para acrescentar:

“Liberdade é um direito para todos, estou sendo honesto com vocês. Não vai dar para apagar a história desses dois países, mas acredito em um futuro de liberdade. Os EUA querem ser parceiros de Cuba. Isso não vai ser fácil, mas tenho confiança”.

O presidente de Cuba, Raul Castro, agradeceu ao Papa Francisco e ao governo do Canadá no processo de aproximação dos dois países. Ele disse reconhecer que existem profundas diferenças entre EUA e Cuba, mas reafirmou “vontade de dialogar sobre todos esses temas”. Raul ainda ressaltou que isso não irá refletir na ideologia do governo cubano. “Sempre seremos fieis aos nossos ideais”, reiterou.

O embargo dos Estados Unidos a Cuba teve início em 1962, por meio de decreto assinado pelo presidente norte-americano John Kennedy, logo após Fidel Castro estreitar as relações com a União Soviética. As primeiras medidas, no entanto, começaram em 1960, um ano depois da revolução socialista que levou Fidel ao poder com a queda do ditador Fulgêncio Batista.

As primeiras medidas do embargo assinado em fevereiro de 1962 consistiram na restrição do fornecimento de combustível pelas empresas norte-americanas e a proibição de exportações a Cuba. Além disso, o decreto de Kennedy instituiu que produtos cubanos seriam ilegais nos Estados Unidos.

Os danos do embargo na economia cubana se tornaram maiores com o fim da União Soviética. Depois, duas leis aprovadas pelos EUA nos anos 90, a Lei Torricelli e a Lei Helms-Burton, aumentaram os efeitos do bloqueio estabelecendo, entre outras coisas, sanções para os atuais e potenciais investidores em Cuba.

Em outubro deste ano, a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou pela 23ª vez consecutiva uma resolução pelo fim do embargo. A medida foi aprovada por 188 países. Apenas EUA e Israel votaram contra e três nações se abstiveram. O resultado foi o mesmo registrado em 2013. Desde 1982, a ONU pede o fim da restrição por meio de resoluções apresentadas por Cuba.

BATALHA– O governo perdeu para a oposição a batalha da comunicação na CPI da Petrobras. O relatório do petista Marco Maia foi tratado de forma secundária. Quem ganhou o papel principal foi o relatório alternativo do tucano Carlos Sampaio. Este foi redigido dentro do espírito adotado pela direção do PSDB de não dar trégua para Dilma e manter em alta temperatura o embate com o governo.

Tem que sair do muro–
  Em Caruaru, o governador eleito Paulo Câmara, que teve o apoio de todas as correntes partidárias, será obrigado a se posicionar em relação a 2016, porque os três principais grupos – Lyra, Tony Gel e do prefeito José Queiroz – são como água e óleo: não se misturam.

Cadê as sementes? – Na Paraíba, choveu bem menos do que em Pernambuco, mas o governador Ricardo Coutinho (PSB) já distribuiu 412 toneladas de sementes selecionadas de milho, sorgo forrageira e feijão para o plantio da próxima safra. Nem nas áreas mais chuvosas, como o Pajeú, os agricultores foram lembrados pelo Governo.

Ano bicudo– A crise ronda as redações dos principais jornais do País. Notícias que chegam de Brasília dão conta de uma vassourada no Correio Braziliense, dos Diários Associados, o principal da capital. O ano de 2015, que dizem que será terrível, ainda nem começou e o jornal demitiu servidores de todos os setores, inclusive cinco da redação.

Dever de casa –
  O prefeito de Belo Jardim, João Mendonça (PSD), herdou uma terrível herança, mas já saneou as finanças, regularizou o município no CAUC (Cadastro Único de Convênios), está investindo R$ 25 milhões em obras e ontem anunciou o início do pagamento do 13º salário dos servidores.

CURTAS

EMENDA– Os deputados federais Raul Henry (PMDB), Augusto Coutinho (SD) e Mendonça Filho (DEM) se uniram e apresentaram uma emenda conjunta no valor de R$ 80 milhões, para o hospital Barão de Lucena, no Recife. O valor está alocado no Orçamento Geral da União para 2015.

BALANÇO– Pernambuco fechou 2014 com um balanço bastante positivo na economia. Segundo levantamento do Condic, o Estado atraiu R$ 1,39 bilhão em projetos industriais, que geraram 10,945 empregos. Em oito anos, 92 projetos receberam incentivos fiscais.

Perguntar não ofende: Afinal, quantos governadores, senadores e deputados federais estão envolvidos na operação lava-jato?

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