Ricardo Noblat
Refugiada no gabinete do líder do PRB na Câmara, a deputada Tia Eron (PRB-BA) faltou na semana passada à sessão do Conselho de Ética que votaria o relatório recomendando a cassação do mandato de Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Seu voto, ali, salvaria Cunha. Seu voto, ali, ontem, condenou Cunha.
O que se passou com Tia Eron?
Simples: há uma semana, ela votaria para absolver Cunha porque a direção do seu partido assim determinara. Cunha e o PRB tem tudo a ver. Negócios e simpatia. Deputada de primeiro mandato, eleita pela Igreja Universal que controla o PRB, a deputada não tinha saída. Ou obedecia ou não se elegeria mais nada na Bahia.
Da semana passada para esta, os principais candidatos do PRB às eleições municipais de outubro pressionaram a direção do partido pelo voto contra Eduardo. Assim procederam, por exemplo, Celso Russomano, candidato a prefeito de São Paulo, e Maurício Crivella, candidato a prefeito do Rio. Mas não só eles. Temiam perder votos.
Eleita, basicamente, por Salvador, Tia Eron também temia não se reeleger. Então o partido orientou-a a votar contra Eduardo. Seria melhor para todos. Deve ter sido.
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