Josias de Souza
Ao indeferir recurso da defesa de Lula contra decisão do colega Gilmar Mendes, a ministra Rosa Weber, do STF, acabou prestigiando um personagem que ela conhece de perto: Sérgio Moro.
Egressa do Tribunal Superior do Trabalho, Rosa serviu-se da assessoria de Moro, um especialista em crimes financeiros e lavagem de dinheiro, no julgamento do mensalão. Dos 38 réus desse processo, 34 eram acusados de lavar dinheiro.
Acometido de ‘morofobia’, Lula argumentou, por meio dos seus defensores, que não caberia a Gilmar Mendes, mas a Teori Zavascki, relator do petrolão no STF, decidir se o inquérito sobre o ex-presidente petista fica em Brasília ou volta para Curitiba.
Em seu despacho, Rosa absteve-se de entrar no mérito da causa. Indeferiu o recurso sob o argumento de que a ferramenta utilizada pelos advogados, um habeas corpus, não é adequada para questionar decisão monocrática (individual) de um ministro do Supremo.
Sem dizer uma palavra sobre o trabalho de Moro, hoje sob intenso questionamento do petismo, Rosa Weber acabou mantendo Lula no raio de ação do seu ex-auxiliar.
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