quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Da coluna de Edmar Lyra


A fotografia do momento para as eleições de 2018

Foi divulgada uma pesquisa sobre a disputa para governador que foi muito repercutida em nosso estado. O levantamento trouxe alguns dados que precisam ser confirmados pelos próximos levantamentos e apontou que a aparente rejeição do governador Paulo Câmara não é tão grande como se imaginava para a disputa do ano que vem.

Qualquer pesquisa neste momento que aponte intenção de voto considerará exclusivamente o nível de conhecimento dos candidatos, portanto, aqueles que já disputaram eleições majoritárias anteriormente acabam aparecendo com o que chamamos de recall, mas não necessariamente serão competitivos.

No caso específico de Paulo Câmara, é evidente que ele deveria figurar com pelo menos o dobro de intenções de voto, apareceu em média com 18 a 20 pontos dependendo do cenário, porém nada que o inviabilize, pois sua rejeição é de apenas 20%. Se continuar intensificando as ações no combate à violência, que é o seu principal gargalo, o governador tem plenas chances de crescimento, sobretudo se tiver resultados positivos nesta empreitada. Paulo pela máquina e por todo o conjunto da obra, tem tudo para crescer durante a campanha.

No caso do senador Armando Monteiro, por ser considerado o principal opositor do governador, era para figurar com cerca de trinta pontos, e até aparecer liderando. A sondagem aponta que Armando não conseguiu canalizar os insatisfeitos com o governo, e que terá dificuldades de fazer isso durante o processo eleitoral, o mesmo se aplica a Mendonça Filho, que já disputou três eleições majoritárias e acaba tendo recall.

O senador Fernando Bezerra Coelho apareceu com a maior rejeição dentre os candidatos e um baixíssimo índice de intenção de voto. Se quiser se tornar competitivo, Fernando terá que intensificar sua imagem perante o eleitorado para diminuir a rejeição e aumentar sua intenção de voto, fato que só ocorrerá a partir de agora que ele se declarou pré-candidato a governador. Fernando, se quiser chegar ao Palácio, precisará encontrar uma estratégia que lhe deixe em condições de competitividade, uma vez que 3% na pesquisa é uma partida relativamente baixa, sobretudo para uma campanha de tiro curto.

Quem realmente tem muito o que comemorar com a pesquisa é a vereadora Marília Arraes, que confirmou os dois dígitos no levantamento e se torna uma candidata cada vez mais competitiva, uma vez que possui baixa rejeição e elevado potencial de crescimento. Se o PT ainda tem dúvidas quanto a viabilidade de Marília, é importante dirimir essa dúvida pois ela tem tudo para ser o grande fato novo de 2018 em Pernambuco.

A fotografia da disputa mostra que não há favorito, o jogo está embolado e pesará a favor de quem quiser vencer a disputa aquele que conseguir angariar mais partidos e apoios, pois ela será a primeira eleição sem a influência direta ou indireta de Eduardo Campos depois de doze anos de governos do PSB.

Candidatos – Além dos nomes citados pela coluna de ontem, existem pelo menos três candidatos com boas chances de chegar a um mandato na Assembleia Legislativa de Pernambuco no ano que vem. São eles: Andrea Mendonça, irmã do ministro Mendonça Filho, Miguel Ricardo, filho do prefeito de Igarassu Mario Ricardo e Cal Volia, ex-prefeito de Itapissuma.

Destinos – Caso não fique no PMDB após a troca de comando pelo senador Fernando Bezerra Coelho, o deputado estadual Tony Gel estaria avaliando o Democratas, caso o partido fique com a reeleição de Paulo Câmara e o PSD de André de Paula. Tony ainda segue muito ressentido com o espaço ofertado a José Queiroz no governo Paulo Câmara.

Caminho – Apesar de ser filiada ao PSB, a prefeita de São Bento do Una Debora Almeida é muito ligada à Raquel Lyra e a Bruno Araújo, ambos do PSDB. Debora já decidiu que não fica mais no PSB e só votará em Paulo Câmara em 2018 se for esta a orientação de Bruno Araújo, que deverá disputar o Senado no ano que vem.

Unidade – Depois de muitas rusgas, o PSDB enfim chegou a um consenso com a indicação do governador de São Paulo Geraldo Alckmin para presidir o partido. A expectativa é que na presidência do partido Alckmin costure a unidade tucana e pavimente a sua pré-candidatura a presidente da República em 2018.

RÁPIDAS

Desastre – Moradores da cidade de Belo Jardim afirmam que a gestão do prefeito Helio dos Terrenos (PTB) vem se constituindo num verdadeiro desastre. Há problemas na saúde, na iluminação pública, na coleta de lixo, na educação, etc. Quem votou pela mudança se diz arrependido por ter apostado numa gestão despreparada e inexperiente no comando de uma cidade da relevância de Belo Jardim para Pernambuco.

Limoeiro – Outra cidade que segue desorganizada é Limoeiro, que é governada por Joãozinho (PSB). Eleito com 52,76% dos votos válidos em 2016, o prefeito ainda não conseguiu dizer a quê veio e realiza uma das piores gestões do estado de Pernambuco. Há quem diga que os candidatos apoiados por ele em 2018 sofrerão um grande revés nas urnas do ano que vem.

Inocente quer saber – Por quê somente agora o ex-prefeito de Caruaru José Queiroz se declarou opositor da prefeita Raquel Lyra?

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