domingo, 16 de julho de 2017

Lula ainda é o candidato mais competitivo para 2018, diz sociólogo


ENTREVISTA/ Túlio Velho Barreto


Para Velho Barreto, ao chegar ao poder, o PT se distanciou dos movimentos sociais e criou uma “casta” burocrática de lideranças parlamentares que se distanciaram das bases (Foto: Reprodução)

Crítico confesso das mudanças de rumo adotadas pelo PT – que, na sua opinião, trocou conscientemente a esquerda pelo centro-esquerda em nome do poder – o sociólogo e cientista político Túlio Velho Barreto, pesquisador da Fundação Joaquim Nabuco, reconhece que o partido ainda é favorito numa eventual disputa presidencial, mesmo enfrentando um cenário adverso de envolvimento de filiados com denúncias de corrupção. Pesa ainda o fato de o PT seguir dependente de uma única figura: o ex-presidente Lula. Nesta entrevista ao Blog do Diario, Velho Barreto analisa, porém, que a situação não será resolvida de forma simples, porque além da iminência de ser preso – caso a sentença do juiz Sérgio Moro seja confirmada no tribunal de segunda instância – Lula ainda enfrentaria o que ele chama de “desfecho do golpe”, que só estaria completo se afastasse toda e qualquer chance de retorno do PT ao governo. Quanto ao preenchimento da lacuna deixada pelos petistas na esquerda brasileira, ao deslocarem-se para o centro, o estudioso afirma ser possível, mas diz que para que essa nova força torne-se eleitoralmente relevante, levará algum tempo, o que significa a manutenção do atual cenário indicados pelas pesquisas para o pleito de 2018.

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