quarta-feira, 26 de julho de 2017

Homenagem a todas avós do Brasil


Reproduzindo o texto abaixo de autoria do Jornalista Lael Arruda (meu sobrinho e filho de Jalmirez), quero fazer a minha homenagem a todas as avós de Taquaritinga e do Brasil.
 
 
 
 
 
 
Lael Arruda


Fui buscar uma foto da minha avó Maria para compartilhar nesse 26 de julho, Dia dos Avós. Acabei me deparando com o texto que escrevi no dia em que ela encerrou sua missão nessa vida. Como foi bom reler.
 
Lael Arruda


Meu amor mais recente e o mais antigo, imortalizados na imagem. O dia 2 de abril de 2013 fica marcado como a data em que minha “vó” Maria foi se encontrar com meu avô João num lugar bem bom de se estar. Quase um século de vida, quanta história pra contar, que missão longa ela veio ter aqui nesse plano. E como a cumpriu bem. “Maria Nabor” construiu uma bela família. Criou quatro filhos, numa cidadezinha no interior de um estado nordestino, para se tornarem grandes homens, e uma grande mulher. Prefeito, vice, vereadores, delegado, bancários, empresário, educadora. Quem imaginaria que os filhos de um fotógrafo e uma professora iriam tão longe, seriam responsáveis por páginas da história de uma cidade? Da nossa cidade! E se chegaram lá, se foram tão longe, tem o dedo desta mulher, tão bem humorada. Ficam as melhores lembranças. As balas, os “confeitos”, que tinham dentro de potes de vidro numa cristaleira, eram o meu alvo preferido ao entrar na casa dela. Se ñ tivesse, era certo ela dar dinheiro para que os netos comprassem na mercearia de “seu Bispo”. Aquela mercearia tinha cheiro de infância e felicidade. Nos bolsos do vestido sempre um pente. Imagine se ela receberia uma visita sem estar bonita e bem penteada, ser pega desprevenida nem pensar. Vaidade saudável, admirável. Nos bolsos sempre um terço tb. Incontáveis “Ave Marias” e “EditarPai Nossos” foram rezados. Da última vez que conversei com ela, ela perguntou se eu tinha me tornado “um doutor”, eu disse que sim, ela ficou muito satisfeita. Se já ficou quando pensou que eu consertava TV (foi o que ela imaginou quando soube pela primeira vez que eu havia ido morar em Caruaru para trabalhar na TV), imagine eu sendo doutor? Ela nunca perdeu o humor, ela nunca desistiu de viver. Mas chega a hora que é preciso abandonar este corpo, esta vida, e evoluir um degrau a mais. Vá com Deus, “vó”! Sua missão foi cumprida, continuamos por aqui até terminarmos as nossas. A foto é da prima Talita Arruda.

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