quinta-feira, 27 de julho de 2017

Da Coluna de Magno Martins


Postado por Magno Martins



 
 Miguel e João Tenório se destacam

Não tenho pesquisas ainda de avaliação dos seis primeiros meses de gestão nos principais municípios do Estado, mas a impressão é que em Petrolina, maior colégio eleitoral do Sertão, o prefeito Miguel Coelho (PSB) está dando conta do recado. Dos novatos é, sem dúvida, o mais criativo, arrojado, capaz de gerar uma agenda positiva sem deixar ser contaminado pelos fatos negativos.

Miguel é também muito jeitoso e articulado. Conta em Brasília com dois apoios importantes para atrair recursos para o município: o pai, o senador Fernando Bezerra Coelho, líder do PSB no Senado, e o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, seu irmão. Ambos já garantiram emendas para obras e pela influência que detém abriram as portas para o patrocínio dos festejos juninos.

Petrolina montou uma mega estrutura, só comparável a de Campina Grande. Com ajuda de empresas públicas e privadas foi possível montar uma das mais atraentes grades para o evento, com a presença de artistas nacionais renomados, sem esquecer o autêntico e mais que cultural forró pé de serra. Até os mais radicais adversários do prefeito tiraram o chapéu para o São João que ele promoveu.

Tenho recebido, igualmente, boas referências ao trabalho do prefeito da pequena São Joaquim do Monte, João Tenório (PSDB), já em segundo mandato. Dizem que ele administra o município como uma empresa e que a cidade virou um canteiro de obras e de boas experiências na área social, a que todos os prefeitos deveriam, verdadeiramente, priorizar pelo seu poder de transformar vidas.

Como Miguel, João Tenório é jovem e vem de uma família tradicional, tendo seu pai governado o município. Pernambuco é um Estado que tem um baixo nível de formação de novos quadros e de renovação política. Certamente, existem outros gestores muito bem avaliados e que possam ser destacados e valorizados.

Por falar no social, recorro a Mahatma Gandhi para abrir ainda mais os olhos destes novos governantes: “Os sete pecados capitais responsáveis pelas injustiças sociais são: riqueza sem trabalho; prazeres sem escrúpulos; conhecimento sem sabedoria; comércio sem moral; política sem idealismo; religião sem sacrifício e ciência sem humanismo”.

AS PIORES CONTAS– As contas do Governo registraram um déficit primário de R$ 56,09 bilhões no primeiro semestre deste ano, segundo a Secretaria do Tesouro Nacional. Foi o pior resultado para o primeiro semestre desde o início da série histórica, em 1997, ou seja, em 21 anos. Até então, o maior déficit para esse período havia sido registrado em 2016 - quando o rombo somou R$ 36,47 bilhões no primeiro semestre. É o terceiro ano seguido em que as contas ficam no vermelho neste período.

Uchôa já está de olho em 2019–
 Depois de implantar mais uma penca de stents no coração em São Paulo, de onde voltou animadíssimo, o presidente da Assembleia Legislativa, Guilherme Uchoa (PDT), começou a traçar a estratégia de disputar o sétimo mandato seguido. Se conseguir a façanha, na renovação da mesa diretora da Alepe, em eleição marcada para fevereiro de 2019, terá carimbado o passaporte para o Guines Book. “Se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto. Diga ao povo que fico”, brinca Uchoa, reproduzindo a célebre frase do fico proferida por Dom Pedro, então príncipe-regente do Brasil.

Alerta na saúde- O Sindicato dos Médicos de Pernambuco suspendeu, ontem, os atendimentos agendados e serviços ambulatoriais em unidades da rede pública do Recife. A paralisação, marcada para terminar hoje, tem como objetivo cobrar à administração municipal melhorias nas condições de trabalho em hospitais, maternidades e postos de saúde, além de reforço na segurança dos profissionais. Os serviços emergenciais foram mantidos. De acordo com o presidente do Sindicato dos Médicos, Tadeu Calheiros, este ano a entidade foi notificada oficialmente a respeito de nove ocorrências sobre agressões, assaltos, furtos e até sequestro em unidades da rede municipal.

Pós-Temer– O encontro do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, é simbólico não pela confirmação de uma aliança PSDB-DEM, mas pela demonstração de que os dois partidos já articulam o pós-Temer, que começa imediatamente, independentemente de o presidente permanecer ou não no posto. Como disse no domingo, o presidente consegue, dia a dia, se tornar invisível. Maia e Alckmin discutiram, sem ninguém do Governo, a necessidade de avançar com uma reforma da Previdência possível, e que tucanos e democratas empunhem esta bandeira.

Candidatura de Sileno gera ruídos–
 A ala dissidente do PSB, mediante pressão dos deputados estaduais, mandou avisar ao presidente estadual do PSB, Sileno Guedes, que ele pode até ser reeleito por unanimidade, sem a necessidade do prefeito de Paulista, Júnior Matuto, bater chapa, mas numa condição: que abra mão do projeto de disputar um mandato na Assembleia. O que até as paredes da Prefeitura do Recife sabem é que Sileno gera ciumeira por já ocupar dois cargos: a Casa Civil da PCR e o comando estadual do PSB. “Querer também um mandato é subestimar a nossa inteligência”, disse um parlamentar em off.

CURTAS

SUDENE– A delimitação da região semiárida será um dos principais temas de encontro, hoje, na Sudene, coordenado pelo ministro da Integração, Helder Barbalho. A atividade será realizada no Instituto Ricardo Brennand, no bairro da Várzea, a partir das 10 horas. Participarão equipes do Governo Federal e dos estados na área de atuação da Superintendência, além de representantes do Banco do Nordeste do Brasil - operador dos Fundos Constitucional (FNE) e de Desenvolvimento (FDNE) da região.

CONFERÊNCIA– A Prefeitura do Jaboatão dos Guararapes deu início, ontem, à 11º Conferência Municipal de Assistência Social. O evento, realizado em parceria com o Conselho Municipal de Assistência Social, terá prosseguimento hoje no auditório da Faculdade dos Guararapes, no bairro de Piedade, tendo como pauta a garantia de direitos no fortalecimento do Sistema Único de Assistência Social (Suas) e propostas para nortear as políticas públicas do setor para os próximos dois anos.

Perguntar não ofende: A Câmara vota na terça ou adia, mais uma vez, o pedido de investigação do presidente Temer?

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