sábado, 28 de maio de 2016

Da coluna de Magno Martins

Postado por Magno Martins


Risco de Temer está no TSE

Quando a corrupção vira um dos principais motes dos que defendem o afastamento definitivo da presidente Dilma Rousseff (PT), muitos argumentam que o presidente interino Michel Temer (PMDB) também pairam suspeitas. Mas o que de fato há contra? As suspeitas e ameaças vêm de cinco frentes, entre elas a operação Lava Jato. É importante lembrar, no entanto, que, na Presidência, Temer provavelmente não pode ser julgado pelas suspeitas que pairam sob ele na Lava Jato.

A Constituição diz que, no período em que exerce a Presidência, um presidente não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao mandato. A maior batalha do presidente interino não será no Senado na votação decisiva do impeachment de Dilma, mas no Tribunal Superior Eleitoral, onde tramita processo de cassação da chapa Dilma-Temer.

No Senado, Temer pode cortejar aliados com ministérios e apoio político. Já no TSE, corte de apenas sete ministros, com apenas quatro votos o hoje presidente interino pode voltar para casa mais cedo do que imaginava. O PSDB moveu quatro ações contra a chapa Dilma-Temer. Nesses processos, o partido aponta supostos episódios de uso da máquina do Governo na campanha petista, como participação indevida de ministros e envio de 4,8 milhões de folders pró-Dilma pelos Correios.

Também cita a operação Lava Jato e a possibilidade de recebimento de doações de empreiteiras envolvidas em desvios de recursos da Petrobras, o que caracterizaria abuso de poder econômico. Dilma e Temer já negaram as acusações com argumento de que a campanha de Aécio Neves (PSDB) também recebeu recursos das mesmas empresas.

Recentemente, Temer entrou com um pedido para separar sua responsabilidade da de Dilma nos processo de cassação. Ele argumenta que não pode ser responsabilizado por atos cometidos por ela, mas o TSE negou. Não há previsão ainda de quando as ações serão julgadas. Se a maioria dos ministros considerar que a chapa Dilma-Temer deve ser cassada antes da conclusão de dois anos de mandato, nova eleição presidencial direta deve ser convocada. Se decisão desse tipo for proferida a partir do ano que vem, haveria eleição indireta no Congresso.

BATEU, LEVOU!– O agora deputado federal Danilo Cabral, que deixou a Secretaria de Planejamento quinta-feira e assume o seu mandato na próxima segunda-feira, rebateu as declarações do senador Armando Monteiro Neto, de que o Estado vive uma grave crise por falta de uma gestão eficiente e uma liderança expressiva. “O senador ainda está remoendo a derrota que sofreu para Paulo Câmara. Os pernambucanos querem saber o que ele fez pelo Estado nos quase dois anos em que esteve à frente do Ministério”, ironizou. O líder do Governo na Alepe, Waldemar Borges, disse que o ex-ministro não trouxe um fiteiro para o Estado.

Oferta de vice ou laranja?–
 Inelegível (porque não tem votos), o candidato de mentirinha do PV a prefeito do Recife, Carlos Augusto, esteve no lançamento da pré-candidata do DEM, Priscila Krause, recentemente foi visto degustando um bom vinho num jantar com Sílvio Costa Filho, pré-candidato do PRB, e esta semana fez uma visita ao também pré-candidato do PSDB, Daniel Coelho. Diante de tamanha movimentação estranha passou a correr nos bastidores uma piadinha que levanta uma dupla suspeita: a de que está distribuindo currículo para vice ou é de fato uma espécie de “candidato laranjal”.

Base sólida no Congresso- A redução da meta fiscal na sessão do Congresso que atravessou a madrugada da quarta-feira levou o Governo a avaliar que tem uma base aliada sólida para aprovar, inclusive, propostas de emenda à Constituição. A avaliação é do ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha. "A votação demonstrou que o Governo tem a musculatura do placar que aprovou o impeachment", diz ele, para quem a base governista atualmente corresponde a dois terços da Câmara e do Senado.

Sem risco de parcelamento– O governador em exercício do Rio Grande do Sul, José Paulo Cairoli, confirmou, ontem, que os salários de maio dos servidores estaduais serão parcelados, mais uma vez. A previsão é quitar a folha no dia 13 de junho. "Para nós, não há dúvida. É uma certeza, porque nós temos uma dificuldade bastante grande no caixa do Estado e estamos pagando de acordo com a nossa capacidade”, disse Cairoli. Em Pernambuco, o secretário de Planejamento, Márcio Stefani, garante que não há risco de parcelamento de folha.

Secretário disputa em Salgueiro–
 Em Salgueiro, o prefeito Marcones Libório Sá (PSB), na foto ao lado, se viu obrigado a construir um novo candidato do grupo à sua sucessão depois que a candidata natural, Creuza Pereira, ex-prefeita, assumiu seu mandato de deputada na Câmara dos Deputados com a convocação de quatro federais da bancada pernambucana. O nome mais cotado é o do secretário de Planejamento, Marcelo Sá. Na oposição, devem entrar o empresário Clebel Cordeiro, do PMDB, e o vereador Márcio Memédio (PRB), ex-presidente da Câmara Municipal.

CURTAS

EM PONTO MORTO– Já em Arcoverde, o que corre nos bastidores é que a pré-candidata da oposição à prefeita, Nerianny Cavalcanti (PTB), não decolou, conforme pesquisa em poder do grupo do deputado Zeca Cavalcanti, esposo dela. Se até o final de julho o nome dela não reagir, não está afastada a possibilidade de o candidato ser o próprio, com a intenção de ir à desforra com a ex-aliada, a prefeita Madalena Brito, agora no PSB.

PENSE NUMA BRONCA!- Na próxima quarta-feira, o prefeito de Afogados da Ingazeira, José Patriota, requere licença da presidência da Associação Municipalista (Amupe) para se dedicar integralmente à campanha da sua reeleição. Por enquanto, não tem adversário, mas um nó pela frente complicadíssimo para desatar devido ao projeto de 2018, quando deseja disputar um mandato de deputado federal.

Perguntar não ofende: Quem é detonado primeiro: Renan ou Aécio?

Nenhum comentário:

Postar um comentário