quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Aécio, FHC, Alckmin e Serra seguram dissidentes


Postado por Magno Martins
Da Folha de S.Paulo - Daniela Lima

No movimento político mais forte da cúpula do PSDB desde as eleições, os principais nomes do partido decidiram pôr um freio à articulação de seus deputados para sacrificar a candidatura de Júlio Delgado (PSB-MG) à presidência da Câmara.

A manobra previa o desembarque em bloco da candidatura do pessebista, que os tucanos apoiam como terceira via desde dezembro, para favorecer a vitória no primeiro turno do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), desafeto do governo Dilma Rousseff.

O senador Aécio Neves (PSDB-MG), o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o senador José Serra (PSDB-SP) deflagraram uma operação para conter os dissidentes.

O gesto ocorreu em duas frentes: por um lado, dispararam telefonemas aos deputados cobrando a manutenção do acordo com o PSB.

Do outro, deram declarações públicas de apoio a Delgado. As mensagens têm uma implicação forte: se o pessebista for abandonado, a influência de Aécio, FHC, Alckmin e Serra junto aos deputados fica em xeque.

"Reafirmo o compromisso com Júlio e vou defender essa posição internamente", disse Aécio à Folha.

Serra, por sua vez, disse à reportagem que "o PSDB deve manter seu compromisso com Delgado por uma questão de palavra e de correção política". Nos bastidores, aliados de Aécio avaliam que a cristianização de Delgado enfraquece o alinhamento do PSB com a oposição --uma ala da sigla defende a retomada de uma aliança com o PT. E que seria um "suicídio" político junto ao eleitorado.

Coube a aliados o recado de Delgado à chapa: "A oposição está sendo analisada. Teve 51 milhões de votos. Temos que decidir que tipo de mensagem queremos passar", disse o vice-presidente do PSB, Beto Albuquerque.

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