terça-feira, 30 de setembro de 2014

ANIVERSARIANTE DO DIA

NOSSOS PARABÉNS E FELICITAÇÕES VÃO PARA LUCIENE BEZERRA, MULHER DO AMIGO DIDI PAULINO.
UM GRANDE ABRAÇO!



FRASE DO DIA

O PSDB, infelizmente, não cumpriu seu papel de oposição. Ficou atacando a Marina e deixou que a Dilma, caminhando olímpica, se recuperasse.
WALTER FELDMAN, CORDENADOR DA CAMPANHA DE MARINA SILVA, NA COLUNA DE ILIMAR FRANCO

CHARGE DO DIA

VINÍCIUS LABANCA

SÓ 5 DIAS

JOÃO CAMPOS: 'A CORAGEM VAI VENCER O MEDO'


Nesta reta final de campanha, o filho mais velho de Eduardo Campos, João Campos, virou um dos protagonistas da Frente Popular. Durante o ato político da candidata à Presidência da República (PSB), Marina Silva (PSB), nesta segunda-feira (29), o sucessor do líder do PSB roubou a cena e fez um discurso encadeado, defendendo, além de Marina, os candidatos da Frente Popular. Ele foi à frente do palco montado no Cais da Alfândega, no bairro do Recife, e enalteceu as ações do pai, sendo interrompido várias vezes por aplausos da militância presente no local.

Antes de morrer meu pai teve coragem de olhar nos olhos da população, com aqueles olhos verdes dele, e trazer o desenvolvimento para o Estado.

Em cada trecho de seu discurso, João Campos tecia comentários sobre os candidatos da Frente Popular. Ele mencionava os postulantes, e os chamava, um a um, para ficar ao seu lado no palco. “Eduardo foi buscar no Sertão esse lutador para disputar o Senado”, disse, em referência a Fernando Bezerra Coelho (PSB).

Líder não se faz, já nasce dessa forma. E por isso meu pai foi buscar essa nova liderança para disputar o governo”, relatou João Campos, chamando o candidato Paulo Câmara (PSB) para ficar do seu lado.

Ele também enalteceu a figura de Marina Silva, relatando sobre sua origem humilde e que será responsável por levar os ideais de Eduardo Campos para o País. “Marina você vai subir junto com Beto Albuquerque a rampa no Palácio do Planalto carregando a bandeira do legado de Eduardo campos”, afirmou.

Por fim, citou a sua mãe, Renata para falar de coragem. “Já aprendi com meu pai e minha mãe que é preciso ter coragem na vida. A coragem vai vencer o medo”, relatou João Campos, numa referência aos ataques que Marina Silva vem sendo vítima.


Com informações de Márcio Didier, editor do Blog da Folha.

COMÍCIO DE MARINA REÚNE 4 MIL PESSOAS EM CARUARU





A candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, participou de dois comícios em Pernambuco na noite desta segunda-feira (29), um em Caruaru e outro no Recife.

No comício de Caruaru, encerrado por volta das 19h30, reuniu cerca de 4 mil pessoas no Largo da Estação.

Estiveram presentes o governador João Lyra Neto, os prefeitos José Queiroz (Caruaru) e Geraldo Júlio (Recife), a chapa majoritária da Frente Popular (Paulo Câmara, Raul Henry e Fernando Bezerra Coelho), o candidato a vice, Beto Albuquerque e a viúva de Eduardo Campos, Renata, com todos os filhos.

Marina desembarcou em Caruaru no final da tarde ainda sob o impacto do debate da véspera na TV Record, em que foi acusada por Dilma Rousseff de ter mentido no debate da Band ao dizer que tinha votado a favor da criação da CPMF (imposto do cheque).

Dilma afirmou que Marina votou quatro vezes contra a CPMF e que não admitiu que a candidata do PSB não se lembrasse mais como votou.

A “pancada” foi tão grande que o comitê de Marina divulgou na noite desta segunda-feira a seguinte “Nota de Esclarecimento”

A VERDADE DE MARINA

O PT distorce a realidade e mente sobre a questão da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira).

Marina Silva sempre lutou pela saúde e contra a pobreza. A CPMF foi estudada e avaliada como insumo para essas áreas. O embrião dessa contribuição deu origem a um debate longo e a uma votação complexa no Congresso Nacional, com idas e vindas de posicionamentos partidários até que a CPMF viesse a existir.

O PT pinçou momentos dessa votação e hoje quer fazer crer, com sua seleção maldosa e fora de contexto, que Marina teria sido contra a CPMF.

A verdade é outra. A então senadora pelo PT se opôs a todas as propostas em debate que ofereciam a possibilidade de distorção da finalidade social da CPMF, em especial aquelas que permitiam o uso dos recursos da contribuição para tampar os rombos das contas do governo federal. Vamos aos fatos e ao contexto:

Em 22 de outubro de 1996, o Senado aprovou a lei que regulamentou a CPMF, que passaria a ser recolhida a partir de janeiro do ano seguinte. Não houve qualquer alteração no projeto que a Câmara aprovou. O único voto contrário foi o do senador Fernando Bezerra (PMDB-RN).

A votação no Senado foi simbólica, sem registro eletrônico do voto. A bancada do PT no Senado – e Marina era senadora pelo PT no período – foi favorável ao projeto, de maneira contrária ao que decidiram os deputados do partido.

O PT desconstrói, assim, sua própria história com o único objetivo de, hoje, prejudicar a candidatura de Marina.

Quem mente? Nos anais do Senado, há a transcrição da fala do senador José Eduardo Dutra (PT-SE) no dia da aprovação da CPMF, na qual afirma: “De modo geral, votamos favoravelmente ao projeto”.

Coerente com suas ideias, Marina muitas vezes adotou posição contrária a do PT. Em 1999, liderou a instalação de uma Comissão Mista do Congresso Nacional para analisar a criação do Fundo de Combate à Pobreza proposto pelo senador Antonio Carlos Magalhães, do PFL.

A senadora considerava a iniciativa importante para avançar no combate à desigualdade social. O PT se opunha por ser de autoria de um histórico adversário político.

Nas discussões na Comissão Mista que analisou o projeto, Marina, ao lado do senador Eduardo Suplicy (PT-SP), foi uma defensora do uso da CPMF para a formação do Fundo.

A liderança do PT na comissão era contrária à medida e só mudou de posição quando o relator da Comissão, deputado Roberto Brant (PFL-MG), incorporou sugestões articuladas pela senadora.

Quando foi levado ao plenário do Congresso, as emendas aprovadas na Comissão foram retiradas, o que desfigurou a proposição formulada pela Comissão Mista. Isso levou Marina a se opor ao texto da emenda constitucional aprovado, em especial por causa da retirada de um volume expressivo de receitas do Fundo de Combate à Pobreza.

Esse movimento é que vem sendo exposto de forma distorcida na propaganda política do PT. Com dados parciais retirados do contexto inventa-se e repete-se uma mentira. Manobra de quem perdeu a cabeça e as medidas. Manobra de desesperados.

A coerência de Marina pode ser testemunhada em outros períodos, como em importantes iniciativas do governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) que contaram com a oposição petista, sem qualquer disposição para debater o mérito e avaliar se as propostas contribuíam efetivamente para um Brasil melhor e para transformar o País num protagonista global na preservação e uso sustentável de seus recursos naturais.

Foi assim quando ela assumiu a defesa do projeto que ampliou as áreas de reserva legal de florestas de 50% para 80% nas propriedades instaladas na Amazônia, quando se empenhou para que o País assinasse o Protocolo de Kyoto, que estabeleceu metas para redução de emissão de gases que favorecem o efeito estufa e quando lutou para a adesão à Convenção 169, da Organização Internacional do Trabalho, para reconhecer os direitos dos povos indígenas e tribais à autonomia e preservação de suas culturas. Em todas essas situações, quem ganhou foi o Brasil.

O caso da CPMF é mais um ato da incansável campanha de fofocas e mentiras do PT, que distorce a história para tentar tirar proveito eleitoral. É mais uma peça do marketing selvagem daqueles que, apavorados diante da possibilidade de se verem destituídos de poder ter um pedaço do Estado para chamar de seu, atacam, mentindo. Extraem uma parte da verdade, distorcem e querem convencer a opinião pública do contrário da realidade.

Marina é clara quando diz que o Brasil não pode mais viver sob a égide daqueles que fazem oposição por oposição. E é taxativa sobre a necessidade de se ter posição e enfrentar, republicanamente, o debate para construir a proposta que seja do interesse do cidadão e da cidadã brasileiros.

CRIMINALIZAR A HOMOFOBIA, UMA TAREFA INADIÁVEL



(Se a homofobia já tivesse sido tipificada como crime, Levy Fidélix teria saído preso da TV Record)

Por: Zé Gomes

As redes sociais amanheceram tomadas por indignação, originada pela intervenção fascista e homofóbica do candidato Levy Fidélix no debate de presidenciáveis realizado pela TV Record no domingo à noite. Temos que canalizar a força dessa revolta em uma pauta política, e avançar na luta contra a homofobia que mata por todo o Brasil.

No dia 19 deste mês, no fechamento da Semana da Diversidade, participei de debate de candidatos ao Governo de Pernambuco organizado pela ONG Leões do Norte e pela boate Metrópole.

Iniciei minha apresentação afirmando que há uma série de políticas que precisam ser implementadas, algumas incluídas em nosso programa de Governo, mas que o centro da mobilização e luta política tem que ser pela criminalização da homofobia.

O candidato Armando Monteiro se fez ausente e mantém um discurso vago sobre a criminalização. Já Paulo Câmara tentou fugir do balanço negativo do atual governo na área de Direitos Humanos, que no fim de 2013 intencionou extinguir a Secretaria Executiva de Direitos Humanos – que só foi mantida por pressão da sociedade -, e do abandono orçamentário do Conselho Estadual de Direitos Humanos. Não assumiu posição sobre a criminalização da Homofobia e nem sobre o casamento civil igualitário.

Minha participação no debate foi encerrada com um chamado à mobilização para o combate à intolerância e por mais direitos e liberdade, e para que se coloque a luta pela criminalização da homofobia no centro da ação politica. 
Se a homofobia já tivesse sido tipicada como crime, Levy Fidélix teria saído preso dos estúdios da Record. O exemplo do que sucedeu aos racistas que insultaram o goleiro Aranha, do Santos, é a demonstração de que a sociedade precisa dessa lei para se proteger dos fascistas, homofóbicos e intolerantes.

Criminalizar a Homofobia já!

*Zé Gomes, candidato do PSOL ao Governo de Pernambuco.

O "CASAMENTO" DO VOTO EM PERNAMBUCO



Coluna Fogo Cruzado – 30 de setembro

O candidato Armando Monteiro vai associar mais sua candidatura, a partir de agora, à da presidente Dilma Rousseff

Em regra, o eleitor não “casa” o seu voto para presidente com o voto de governador. As motivações políticas são distintas. Em São Paulo, por exemplo, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) tem 51% das intenções de voto, segundo o Datafolha, e deve vencer no 1º turno. Mas o candidato do seu partido a presidente, Aécio Neves, é o 3º colocado, perdendo para Dilma e Marina Silva. Já tivemos este filme em Pernambuco em 1994. Ganhou Fernando Henrique Cardoso para presidente. Mas para o governo estadual o eleito não foi o candidato dele, Gustavo Krause, e sim Miguel Arraes, que apoiava Lula. Nesta reta final da eleição, haverá um esforço dos dois principais candidatos a governador para “casarem” seus votos com o de presidente. Armando Monteiro, que tem 34% no Datafolha, tentará “casar” seu voto com o de Dilma, que tem 42%. E Paulo Câmara, que tem 43%, vai tentar seguir junto com Marina, que tem 40%.

O desempenho dos senadores

Dos sete senadores nordestinos que disputam governos estaduais, três estão em 1º na corrida e quatro se encontram em 2º lugar. Estão em 1º Wellington Dias (PT-PI), Eunício Oliveira (PMDB-CE) e Cássio Cunha Lima (PSDB-PB). E na 2ª colocação Lobão Filho (PMDB-MA), Armando Monteiro (PTB-PE), Benedito de Lira (PP-AL) e Eduardo Amorim (PSC-SE). Eunício é ameaçado no CE por Camilo Santana (PT) e Cássio na PB por Ricardo Coutinho (PSB).

Queda – Marina (PSB) não viria mais a Pernambuco nesta última semana de campanha. Mas, atendendo a pedido do vice, Beto Albuquerque, resolveu participar de dois eventos, um em Caruaru e outro no Recife. Seus olhos estão voltados para SP onde está em processo de declínio. No espaço de uma semana, segundo o Datafolha, caiu de 40% para 34% das intenções de voto.

Comando – Sob o comando do pernambucano Sérgio Guerra, o PSDB, com José Serra, teve 44% dos votos presidenciais em 2010. Hoje Aécio está penando para tentar chegar a 20%.

Religião – Cleiton Collins (PP), pastor evangélico, deputado estadual e candidato à reeleição, exibiu ontem em seu horário político o apoio dos pastores Silas Malafaia e Marco Feliciano.

Carga – O PSDB deve estar arrependido por não ter lançado candidato próprio ao governo estadual. Na PB, onde lançou Cássio Cunha Lima, Aécio está com 18% de intenções de voto.

Força – A caminho de sua 5ª eleição para deputado, o tucano Antonio Moraes (foto) voltou de Chã Grande, domingo, verdadeiramente surpreso com a multidão que o ex-prefeito Diogo Alexandre (PR) levou às ruas. “Nunca tinha visto aquilo num município pequeno”, disse ele.

Gravação – Fernando Bezerra Coelho (PSB) reuniu ontem num café da manhã, no Recife, 18 vereadores da base governista para fazer uma gravação ao lado deles. É que tem pela frente apenas 5 dias para tirar a diferença que, segundo o Datafolha, o separa de João Paulo (PT).

Ciência – O ex-deputado Maurílio Ferreira Lima completou ontem 74 anos e em vez de fazer festa prestou uma homenagem a Gisela Maranhão, mãe do ativista político Bruno Maranhão e ao cientista Luiz Hildebrando Pereira da Silva, que conheceu no exílio, na França. O cientista, que nasceu em SP, fundou um centro de pesquisas em Rondônia para pesquisar a vacina contra a malária.

É agora! – O engenheiro e ex-prefeito de Paudalho, Eufrásio Gouveia (PMDB), diz que sua cidade, depois de 52 anos, tem chance concreta de eleger um deputado estadual, que seria ele próprio, com apoio do atual prefeito José Pereira (PSB). Ambos apoiam Tadeu Alencar (PSB) para a Câmara Federal. O último estadual que Paudalho elegeu foi Almany Sampaio, irmão de Dorany, em 1962.

MARINA CHEGA A COMÍCIO NO RECIFE AO LADO DA FAMÍLIA CAMPOS


Após passou a tarde inteira em campanha no município de Caruaru, a presidenciável Marina Silva (PSB) chegou ao seu comício do Cais da Alfândega, no centro do Recife, por volta das 21h20. A candidata à Presidência apareceu no meio do meio da fala do postuante ao Senado Fernando Bezerra Coelho (PSB), na companhia de Renata Campos, viúva de Eduardo Campos, que também a acompanhou no Agreste do estado, e quatro dos cinco filhos do casal Campos - sem o caçula Miguel, de menos de um ano de idade.

Magdalena Arraes, avó de Eduardo e viúva do ex-governador Miguel Arraes, está marcando presença no palanque, mas de forma discreta. FBC voltou a discursar: “Eduardo sempre disse que não se deve deixar nada pela metade. Eduardo queria Paulo”. O aspirante a senador assegurou a liderança de Paulo Câmara (PSB), candidato ao governo estadual, e falou da morte da tragédia que matou Eduardo Campos. “De fato quando aquele avião caiu, matou o maior líder de Pernambuco. Mas não matou os sonhos que Eduardo alimentou por toda a sua vida”, destacou, enquanto os filhos do falecido assistiam a tudo.

Raul Henry

O comício foi iniciado às 21h com o discurso de Raul Henry (PMDB), candidato a vice-governador na chapa encabeçada por Paulo Câmara. Raul pediu votos para Fernando Bezerra. “Ele não vai falar besteira no Senado”, garantiu, alfinetando os adversários. o peemedebista assegurou a importância de eleger toda a chapa majoritária, “para honrar a memória de Eduardo”.

Ao final, o poeta Marinho recitou um poema que reafirmava a importância de votar casado e assou a palavra para Fernando Bezerra Coelho, que chamou Raul para ficar ao seu lado dele palanque. Além da família de Eduardo Campos, a chapa majoritária da Frente Popular divide o palco com o prefeito da capital pernambucana, Geraldo Júlio (PSB), o governador de Pernambuco, João Lyra Neto, e Beto Albuquerque, que concorre à vice-presidência da República (todos do PSB).

Com informações de Ana Luiza Machado, repórter do Diario de Pernambuco

LEVY FIDELIX SERÁ PROCESSADO POR HOMOFOBIA

Ativistas processarão candidato Levy Fidelix por declarações preconceituosas em debate
Deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) estuda adoção de ações jurídicas contra o candidato do PRTB.

O Grupo de Advogados pela Diversidade Sexual (GADVS) e a Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABLGT) vão entrar com uma ação judicial coletiva por danos morais contra o candidato a presidente pelo PRTB, Levy Fidelix, que, em debate na TV no domingo (28), ofendeu os homossexuais. O candidato também pode ser processado pelo deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ), ativista do movimento gay no Congresso Nacional, que estuda medidas jurídicas contra as declarações do candidato nanico.

Um dos advogados do GADVS, Paulo Iotti, professor universitário e constitucionalista, informou que o grupo também vai denunciar criminalmente o candidato ao Ministério Público Federal por incitação à violência. Para ele, a fala de Levy foi totalmente absurda, ainda mais levando em conta a escalada de crimes de ódio registrados contra a população LGBT.

Levy provocou revolta ao dizer no debate que não quer os votos da população LGBT e defende ajuda psicológica para essas pessoas. “O Brasil tem 200 milhões de habitantes. Você já pensou se a moda pega? Daqui a pouquinho vai reduzir para 100 milhões. Vai para a (Avenida) Paulista e anda lá um pouquinho. É feio o negócio. Essas pessoas que têm esses problemas que sejam atendidas por ajuda psicológica. E bem longe da gente”, disse o candidato, que também afirmou que “dois iguais não fazem filho”, que “aparelho excretor não reproduz” e insinuou a prática da pedofilia pela população LGBT.

Há 25 anos, a Organização Mundial de Saúde (OMS) retirou o homossexualismo da lista internacional de doenças e seu tratamento é vetado pelo Conselho Federal de Psicologia. A declaração de Levy repercutiu até no site do jornal britânico The Guardian, que classificou o episódio como uma “noite ruim para a democracia e para a tolerância”.

Temendo retaliação, o comité do candidato em São Paulo ficou fechado ontem e sua assessoria informou que Levy pretende pedir segurança à Polícia Federal, medida garantida a todos os candidatos à Presidência da República. Apesar do temor, não houve nenhum ato de violência contra o candidato e seu comitê. No Facebook, uma página também recolhe dados de pessoas que se sentiram ofendidas pelo candidato e também direcionam denúncias ao Ministério Público Federal e à Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos. Elas serão feitas com base em lei, aprovada em 2001 pelo estado de São Paulo, que penaliza a discriminação em razão de orientação sexual, já que o projeto que criminaliza a homofobia (PLC 122), em tramitação há oito anos, enfrenta resistência no Congresso Nacional.

Ontem, o GADVS divulgou nota repudiando “as declarações “homofóbicas, transfóbicas, grosseiras, insensíveis, verdadeiramente desumanas e incitadoras do ódio, da violência e da discriminação contra pessoas LGBT proferidas pelo candidato Levy Fidelix no debate presidencial”. “Ele aprofundou o absurdo ofensivo à dignidade das pessoas LGBT ao falar de pedofilia no contexto de uma pergunta sobre violência contra pessoas LGBT, em uma clara insinuação de relação entre homossexualidade e pedofilia. Continuou afirmando que ‘a maioria’ precisa não ter medo de ‘enfrentar essa minoria’, em uma irresponsabilidade ímpar, para dizer o mínimo, que realmente tem o potencial grave de incitar a violência contra LGBTs, além de ‘patologizar’ as pessoas ao falar em tratamento ‘psicológico e afetivo’ pelo SUS e ainda defender a segregação social de pessoas ao falar que elas precisariam ser tratadas ‘bem longe da gente’”, diz a nota.

Mortes

Segundo o Grupo Gay da Bahia (GGB), que registra os casos de assassinatos, um homossexual é morto a cada 28 horas no Brasil. No ano passado, 312 foram assassinados. Este ano já são 216. Nas duas últimas semanas, foram 15 casos, a maioria com requintes de crueldade.

Segundo relatório da ONG internacional Transgender Europe, o Brasil, entre janeiro de 2008 e abril de 2013, registrou 486 mortes de transexuais, liderando o ranking mundial. “Esse candidato é irresponsável. A gente vive a banalidade do mal homofóbico e ele vem em rede nacional dizer uma coisa dessas. Claro que incita o ódio”, comenta Iotti.

A fala de Levy também foi condenada pela presidente do Centro de Luta pela Livre Orientação Sexual de Minas Gerais (Cellos), Anyky Lima. “Todo dia uma pessoa LGBT é assassinada no Brasil, geralmente de forma violenta, e quem tem mente fraca e vê um candidato falando isso pode acabar concordando com ele.”

OAB quer cassação

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a candidata à Presidência da República pelo PSOL, Luciana Genro, enviaram representações ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedindo que Levy Fidelix (PRTB) seja punido por homofobia. Para a OAB, as declarações preconceituosas de Levy Fidelix durante o debate na TV são passíveis de punição com a cassação do registro da candidatura. O TSE ainda não se pronunciou sobre os pedidos.




Diário de Pernambuco

MARINA VAI À BATALHA DO 1º TURNO SEM 'INFANTARIA'


Josias de Souza

O bombardeio dos rivais e as avarias sofridas nos índices de pesquisas não são os únicos problemas de Marina Silva. A cinco dias da eleição, a campanha da presidenciável do PSB exibe nas ruas da maior parte dos Estados uma estrutura precária. Marina virou uma comandante sem exércitos. Julgando-se desprezados, os candidatos aos legislativos estaduais e ao Congresso cuidam dos seus próprios interesses, sem dar atenção à campanha nacional.

- A presidente Dilma Rousseff garantiu ajuda de R$ 40 milhões para reconstrução e plano para avaliação de moradias em margens de rios no Rio Grande do Sul. O anúncio foi feito em Uruguaiana após reunião com prefeitos e com o governador Tarso Genro. Dilma também sobrevoou regiões atingidas pelas enchentes no EstadoTadeu Vilani//Estadão Conteúdo


Tomando o caso de São Paulo como exemplo, um aliado de Marina que entende de urnas e sabe fazer contas colecionou os seguintes dados: estão em jogo na disputa paulista 164 cadeiras de deputados federais e estaduais. Há incontáveis postulantes, mas os que têm alguma chance não passam de cinco por vaga. No total, 820 candidatos competitivos em todo o Estado.

Cada um desses 820 candidatos dispõe de pelo menos 300 pessoas contratadas para trabalhar na campanha de rua diariamente. Juntas, somam 246 mil cabeças. Nesta semana, reta final da campanha, esse número é multiplicado por dez. Quer dizer: há hoje nas ruas do Estado de São Paulo cerca de 2,46 milhões de pessoas trabalhando na eleição.

Quantos distribuem santinhos, colam cartazes e transportam cavaletes com propaganda de Marina? Nem mesmo os correlegionários dela. Há no PSB paulista cerca de 160 candidatos. Os mais viáveis somam 20. Mantinham nas ruas algo como 6 mil pessoas. Nesta semana, elevaram o contingente para 60 mil. A grossa maioria ignora Marina.

Por quê? Alegam não ter recebido material de campanha associando suas imagens à de Marina. E sustentam que não obtiveram algo ainda mais trivial: um gesto de apreço da presidenciável.

Um aliado de Marina compara a disputa eleitoral a uma guerra. Começa com o disparo de bombas a partir de navios e aviões. Algo que pode ser feito pelos próprios presidenciáveis e por aliados bem-postos na mídia —de políticos a artistas. Porém, numa disputa acirrada como a atual, afirma o interlocutor do blog, é a infantaria que costuma ganhar a guerra.

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

FRASE DO DIA



Humildemente, peço seu voto.


PRESIDENTE DILMA ROUSSEFF, CANDIDATA À REELEIÇÃO

CHARGE DO DIA

POLÍTICA 2014



ELEITORES JÁ PODEM CONSULTAR O LOCAL DE VOTAÇÃO




Os eleitores que não sabem onde vão votar no dia 5 de outubro já podem fazer uma consulta rápida no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A pesquisa pode ser feita a partir do nome completo do eleitor ou com o número do título eleitoral.

O site também informa onde pessoas que votarão no exterior ou solicitaram voto em trânsito deverão comparecer. Nesses casos a votação será só para o cargo de presidente da República. Para receber os votos em trânsito 216 seções foram criadas. Quem preferir também poderá fazer a consulta por meio de aplicativos que podem ser baixados gratuitamente emsmartphones que utilizam sistema iOS ou Android.

Segundo a Justiça Eleitoral, as seções no exterior funcionarão nas sedes das embaixadas, em repartições consulares ou em locais onde existam serviços do governo brasileiro. As missões diplomáticas ou repartições consulares comunicarão aos eleitores votantes no exterior o horário e o local da votação. Apenas os eleitores que estiverem com nome no caderno de votação da seção eleitoral poderão votar.

O eleitor deve apresentar documento oficial com foto e o título de eleitor. No caso de não comparecimento, deve justificar a ausência. Para isso é preciso preencher o Requerimento de Justificativa Eleitoral (RJE), que pode ser obtido gratuitamente nos cartórios eleitorais, nos postos de atendimento ao eleitor, nas páginas da internet do Tribunal Superior Eleitoral e dos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) de cada estado e, no dia do pleito, nos locais de votação ou de justificativa. O formulário preenchido deve ser entregue nos locais destinados pelo eleitor, que precisará apresentar um documento oficial de identificação com foto.

Fonte: Blog da Folha

CÂMARA PARTICIPA D CARREATAS NO AGRESTE


(Foto: Wagner Ramos/Divulgação)

Um dia antes de a candidata do PSB, Marina Silva, desembarcar no Estado para cumprir agendas de campanha, os candidatos da Frente Popular ocuparam as ruas de duas das principais cidades do Agreste pernambucano neste domingo (28).

Depois de cumprir agenda no Cabo, os candidatos ao Governo, Paulo Câmara (PSB), e ao Senado, Fernando Bezerra Coelho, comandaram carreatas em Caruaru e Gravatá.

Em Caruaru, ao lado dos candidatos estiveram Ao lado de Paulo e Fernando, estavam o governador João Lyra Neto (PSB) e o prefeito José Queiroz (PDT), além dos candidatos a deputado federal, Wolney Queiroz (PDT), e estadual, Laura Gomes e Raquel Lyra (ambas do PSB).

Já em Gravatá, a organização afirmou que cerca de 1,3 mil veículos, entre carros e motos, acompanharam a caravana, que passou pelos principais bairros.

“Eu só tenho a agradecer a vocês por essa recepção. Muito obrigado, Gravatá! Esse carinho todo só fortalece ainda mais a nossa caminhada e o meu compromisso de governar, a partir de 2015, para esse povo. Vocês terão um governador presente no município”, declarou Câmara, em Gravatá.

Fonte: Blog da Folha

AGORA É PAULO

ARMANDO APOSTA NO VOTO CASADO COM DILMA


(Foto: : Alexandre Albuquerque/Divukgação)

Anderson Bandeira
Da Folha de Pernambuco

A pouco menos de uma semana das eleições, o candidato ao governo Armando Monteiro Neto (PTB) apostará todas as suas cartadas para atrair o eleitor para o voto casado com a presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT). A estratégia para conquistar esses votos, além dos indecisos e reverter às últimas pesquisas na sucessão estadual, nos bastidores do PT e do PTB segue um raciocínio simples. Como a petista vem apresentando uma crescente nas últimas pesquisas de intenção de voto, podendo ganhar já no primeiro turno, a ideia é levar o eleitor a entender que, considerando a vitória de Dilma, Armando Neto, aliado dela, seria a melhor opção para que os investimentos ocorridos nos últimos anos no Estado continuem a chegar.

“Eu acho que há um espaço que Dilma tem aí que, evidentemente, vamos procurar casar esses votos com ela. Acho também que os pernambucanos, gostando ou não dela (Dilma), vão verificar o seguinte: Tudo está o indicando a possibilidade da reeleição de Dilma, todos reconhecem que Dilma e Lula foram importantes para Pernambuco e agora tem que olhar para o futuro”, avaliou o candidato neste domingo (28).

A aposta do petebista é que os eleitores, preocupados com o futuro do Estado e as pesquisas apontando um favoritismo de Dilma, reflitam qual será o melhor arranjo político. “Como é que fica esse alinhamento numa hipótese de eleição de um ou de outro? As pessoas também têm essa compreensão. Qual será o melhor arranjo para Pernambuco”, considerou.

O candidato ao governo também aproveitou a ocasião para voltar a alfinetar o seu adversário Paulo Câmara (PSB) que “esconde certas fragilidades, que são evidentes, na figura e sombra do ex-governador Eduardo Campos”. “Ele precisa se apresentar, mostrar suas próprias credenciais, porque Eduardo não está mais aqui para resolver os problemas amanhã”. Armando Neto também condenou a suposta tutela da família de Campos ao socialista. Para ele não pode ficar para a população que Câmara, “ao perder a tutela de Eduardo, vai ter a tutela da família”. “Porque, a rigor, o governante não pode ser tutelado. O governante tem que ter autonomia. Não pode ficar submetido a uma família, a um grupo”, disparou.

Questionado sobre a utilização da imagem de Campos no último guia eleitoral como direito de resposta, Armando negou que tivesse como interesse comover o eleitorado. Segundo ele, a inserção foi apenas para mostrar que a opinião que os adversários nutrem dele não era a mesma que o ex-governador tinha. Armando Neto que ainda ontem intensificou a sua campanha por municípios da Mata Sul e Agreste do Estado. No sábado, ele focou a agenda somente no Agreste, onde visitou cinco cidades e na oportunidade defendeu não só a manutenção do programa Chapéu de Palha como a revisão do valor repassado pelo governo do Estado.




Fonte: Blog da Folha

NINGUÉM PENSA NO FUTURO

Carlos Chagas

Dentro de uma semana, precisamente, estará sendo escolhido o novo Congresso. Dizia o dr.Ulysses, com humor, que pior do que o atual, só o próximo. A pergunta que se faz é sobre os limites da renovação, em especial na Câmara dos Deputados. É possível que não chegue a 50%. Nos principais partidos, os caciques deverão conservar suas cadeiras, exceção dos candidatos a governador ou ao Senado, aliás, poucos. Indaga-se da hipótese de, desta vez, ser aprovada a reforma política, mas as chances são poucas. Talvez a proibição de doações pelas empresas nas campanhas eleitorais, com o financiamento público ainda indefinido. Jamais a cláusula de barreira para limitar o número de partidos políticos, muito menos o voto distrital e a votação para deputado federal em listas partidárias. Nem a revogação do princípio da reeleição.


O novo Congresso continuará dando sustentação ao palácio do Planalto, qualquer que venha a ser a presidente da República, Dilma ou Marina. A conclusão é de que o governo permanecerá em condomínio com os partidos, funcionando o PMDB como tijolo de sustentação tanto de uma quanto de outra das candidatas. Neste caso, com o PT ao lado e o PSDB na oposição. Naquele, invertendo-se a equação, ou seja, os companheiros na oposição e os tucanos no governo.

Mudará alguma coisa? Nem pensar. Dos programas de assistência social ao orçamento insuficiente, da ineficiência administrativa à insegurança nas ruas, da farra das empreiteiras à indigência dos municípios – o país será o mesmo. Tanto o Congresso quanto o Executivo continuarão olhando para o próprio umbigo, pensando nos próximos quatro anos. Ninguém, em funções de relevo, cogita do que será o Brasil dentro de vinte, trinta ou cinqüenta anos. O futuro não faz parte das preocupações nacionais, até porque os políticos de hoje não estarão mais aqui. Não é problema deles.

Fonte: Magno Martins

RASPANDO O TACHO: PRESIDENCIÁVEIS EM BUSCA DE GRANA


A campanha petista avisou a dirigentes que vai segurar o repasse de dinheiro aos comitês estaduais esta semana. A justificativa é que Dilma determinou uma poupança maior para o segundo turno.

Com estrutura mais modesta, a equipe de Marina já gastou boa parte do que arrecadou, mas confia que o empresariado estará disposto a doar mais para derrotar Dilma.

A campanha de Marina vai reforçar o discurso contra o PT para isolar Aécio. Os pessebistas dirão que a reeleição de Dilma levará ao 'retrocesso' de conquistas dos últimos anos. As informações são de Bernardo Mello Franco, na Folha de S.Paulo desta segunda-feira.

Fonte: Magno Martins

MARINA HOJE NO RECIFE E CARUARU: INTENSIFICAR CAMPANHA



A candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva (PSB), estará em Pernambuco hoje, para uma agende intensa da campanha, destinada a segurar seus índices nas pesquisas no Estado e alavancar ainda mais seu candidato ao governo Paulo Câmara(PSB), que avança para ganhar a eleição, segundo as últimas pesquisas. Na programação estão comícios em Caruaru, onde ela faz seu primeiro ato político nesta campanha, e no Recife.

Em Caruaru está programado que Paulo Câmara fará uma carreata no início da tarde, terminando num comício no marco zero da cidade, no qual, por volta de 17h, estará Marina Silva, após se encontrar com caravana de Paulo Câmara na praça Coronel Porto. Após o comício de Caruaru, Marina volta ao Recife, onde comandará um grande comício no Paço da Alfândega, no Recife Antigo.

Fonte: Magno Martins

COLUNA DA SEGUNDA POR MAGNO MARTINS

A vantagem de Dilma

O crescimento da presidente Dilma aponta para uma reeleição no segundo turno frente à candidata do PSB, Marina Silva, que se traduziu num grande fenômeno logo após a morte de Eduardo Campos, mas acabou perdendo gorduras ao longo da campanha e se fragilizou de forma impressionante.

Pela leitura do Datafolha que saiu neste fim de semana, Dilma mostrou recuperação em todas as regiões do País. Empatou no Sudeste com Marina, no Centro-Oeste também já há empate técnico. Nas outras, Dilma ganha disparado. Dilma agora vence em todas as faixas etárias, inclusive entre os jovens.

A petista também vence em todas as faixas de renda. O fator classista da eleição atenuou-se, o que desintoxica magnificamente o clima da campanha. Todos são Dilma agora, ricos e pobres. Quer dizer, Dilma ultrapassou Marina. Aécio está em primeiro lugar entre os que ganham mais de 10 salários, mas empatado tecnicamente com Dilma.

Dilma cresceu muito fortemente entre as pessoas com maior grau de instrução, em especial aquelas com ensino superior completo, enquanto Marina e Aécio caíram. Nesse ritmo, vai estar liderando também nessa faixa em pouco tempo.

Dilma agora lidera na área urbana, na zona rural, nas grandes cidades, nas pequenas cidades, e nas periferias. Sendo assim, dificilmente perderá a eleição, embora o segundo turno seja uma nova eleição, com tempo de guia eleitoral do mesmo tamanho.

SUCESSÃO SOCIALISTA– O presidente nacional do PSB, Roberto Amaral, saiu derrotado no seu propósito de fazer a eleição da sua reeleição hoje. A pedra no meio do caminho foi o diretório estadual, que fez uma articulação conduzida pelo prefeito Geraldo Júlio e a viúva Renata Campos. A tendência agora é por uma composição, com Amaral presidente e Geraldo Julio na vice.

Federal pela Paraíba– Ex-deputado federal por Pernambuco, o cantor gospel Negão Abençoado, que fez um grande show em Afogados da Ingazeira sábado passado, é candidato a um novo mandato na Câmara dos Deputados, mas desta vez pela Paraíba. Com um vozeirão lindíssimo, seus shows em praça pública arrastam multidões.

Mágoa contida– A candidata Marina Silva está magoada com Aécio Neves, que mirou a presidenciável pelo PSB em seus ataques nas últimas semanas. Segundo a coluna Painel, da Folha de São Paulo, os aliados do PSB avaliam que as críticas do tucano beneficiaram a candidata à reeleição pelo PT, Dilma Rousseff. No segundo turno, entretanto, Marina e Aécio se entendem.

Antecipação– O DEM já antecipou que deverá apoiar Marina Silva no segundo turno da disputa ao Planalto contra a presidente Dilma Rousseff. O apoio já havia sido sinalizado pelo presidente do partido, senador Agripino Maia (RN), causando até um mal-estar entre os tucanos. Agripino é coordenador da campanha de Aécio Neves e sabe que o tucano não tem mais espaço para reação.

Falou e resolveu – A voz da viúva Renata Campos foi decisiva para o adiamento da eleição, convocada às pressas e na surdina para hoje, pelo presidente da legenda, Roberto Amaral, para garantir sua reeleição. Outro bombeiro importante foi o secretário-geral do PSB, Carlos Siqueira, que brigou com aliados de Marina e está fora da campanha presidencial. Sileno Guedes teve, igualmente, um destacado papel, indo diretamente a Brasília demover Amaral.


CURTAS

DE VOLTA– Na sua volta a Pernambuco, Marina cumpre, hoje, uma agenda dupla em Caruaru e Recife. Na capital, o ato previsto é um comício no Recife Antigo para reforçar os candidatos da Frente Popular – Paulo Câmara (governador) e Fernando Bezerra (senador).

ADESÃO– Aline Mariano, minha esposa, vereadora no Recife, faz amanhã, a partir das 19 horas, no Spettus do Derby, um jantar de adesão pela sua candidatura a deputada estadual. Os interessados nesta cruzada podem adquirir os convites no meu blog ou ligar: 3421.6790 ou 99944888.

Perguntar não ofende: Por que Marina se fragilizou tanto na reta final da campanha?

'Toda mulher sábia edifica a sua casa; mas a tola a derruba com as próprias mãos'. (Provérbios 14-1)

NA REFREGA DO PSB, AMARAL SE COMPARA A MARINA


Josias de Souza


Na briga para permanecer na presidência do PSB até 2017, Roberto Amaral teve de tourear a capitania de Pernambuco, que se julgava herdeira do posto depois da morte de Eduardo Campos. Em privado, Amaral indagou: se Marina Silva era vice na corrida presidencial e virou naturalmente a cabeça da chapa, porque eu, como vice do Eduardo, não seria seu sucessor natural no comando do partido?

Ante a perspectiva de veto, Amaral bateu o pé. Foi preciso um apelo da viúva de Campos, Renata, para que ele concordasse em adiar a eleição da nova Executiva partidária desta segunda-feira para o dia 13 de outubro. Ainda assim, só topou depois que a resistência pernambucana se conformasse em acomodar o emergente prefeito de Recife, Geraldo Júlio, na vice-presidência do partido.

Para tornar-se vice de Marina com o aval da turma de Pernambuco, o deputado Beto Albuquerque (PSB-RS) comprometera-se em apoiar o nome de um pernambucano para o comando do partido. Esqueceu, porém, de combinar com os russos.

Movendo-se abaixo da linha d’água, Amaral arrastou o apoio do PSB de São Paulo (Márcio França), do Espírito Santo (Renato Casagrande), do Distrito Federal (Rodrigo Rollemberg), de Minas Gerais (Júlio Delgado) e de outras praças menores. De quebra, dividiu Pernambuco, atraindo para sua canoa o secretário-geral Carlos Siqueira, ex-operador de Miguel Arraes e de Eduardo Campos.

A turma do contra argumentava: na burocracia partidária, quem só ambiciona o poder sem levar em conta todo o resto erra o alvo. Amaral parece guiar-se por outra lógica: quem não ambiciona o poder vira alvo. Vingando sua estratégia, Amaral interromperá um ciclo de 21 anos de presidências pernambucanas no PSB —primeiro com Arraes, depois com Campos.

DEBATE FOI LUTA NA QUAL MARINA ENTROU COM A CARA

Josias de Souza

O debate presidencial transmitido na noite passada pela Record foi uma espécie de luta de boxe na qual Marina Silva entrou com a cara. Dilma Rousseff esmurrou-a impiedosamente. Aécio Neves desferiu-lhe um par de jabs. Até a nanica Luciana Genro levou-a às cordas. No final, a parte da anatomia de Marina que mais apareceu no vídeo foi seu queixo de vidro.


Anabolizada pelo treinamento do marketing, Dilma foi para cima de Marina já na sua primeira pergunta. “A senhora mudou de partido quatro vezes, mudou de posição de um dia para outro em problemas de extrema importância, como a CLT, a homofobia e o pré-sal. Num debate da Bandeirantes, a senhora disse que tinha votado a favor da criação da CPMF porque achava que era o melhor que se podia ter para a saúde. Qual foi mesmo o seu voto como senadora?”

A pergunta de Dilma ecoava uma propaganda que sua campanha veiculara na tevê ao longo do domingo, como quem prepara uma emboscada. Ecoando o noticiário, a peça demonstrava que, diferentemente do que dissera, Marina votara contra a proposta de criação da CPMF em duas ocasiões. Como as votações ocorreram em dois turnos, ela dissera “não” ao chamado imposto sobre o cheque quatro vezes.

Sem poder negar o inegável, Marina ajustou a declaração que fizera antes. Em verdade, ela endossara o imposto sobre o cheque na votação da proposta que criou o Fundo de Combate à Pobreza, uma iniciativa do ex-senador Antonio Carlos Magalhães. “A composição do fundo seria: recursos da CPMF e dos impostos sobre cigarro”, disse Marina no debate. “Naquela oportunidade, [...] portanto, votei favoravelmente, sim. Eu e o senador Eduardo Suplicy, mesmo com a oposição séria de várias lideranças do PT, que à época diziam que eu estava favorecendo um senador de direita.”

Punhos em riste, Dilma foi à réplica: “Candidata Marina, eu não entendo como a senhora pode esquecer que votou quatro vezes contra a criação da CPMF. Nessas quatro vezes a senhora votou não. Isso consta dos anais do Senado. Atitudes como essas produzem insegurança. Governar o Brasil requer firmeza, coragem, posições claras e atitiudes firmes. Não dá pra improvisar. Então, candidata, me estarrece que a senhora não lembre como votou quatro vezes contra a criação da CPMF.”

Abstendo-se de comentar os votos contrários, Marina, por assim dizer, dobrou os joelhos: “Eu me lembro exatamente quando votei a favor. Não tenho a lógica da oposição pela oposição nem da situação raivosa, que não é capaz de dialogar em nome dos interesses do Brasil. E nem da situação cega, que só vê qualidades mesmo quando os defeitos são evidentes. Tive uma prática coerente a vida toda. Defendi, sim, a CPMF para o fundo de combate à pobreza e é mais uma das conversas que o PT tem colocado para deturpar o processo.” Tempo esgotado, cortou um dos apresentadores.

Marina vem dizendo que prefere o debate ao embate. Após assistir à surra da noite passada, um de seus aliados disse que Marina talvez devesse considerar a hipótese de entrar na briga de uma vez por todas. Sob pena de morrer como uma transeunte inadvertida. Em política, quem se entrega ao dilema shakespeariano (to be ou not to be) raramente chega a ser.

Dilma foi aos estúdios da Record orientada para esfregar na cara de Marina as mistificações que, exploradas na propaganda eleitoral petista, puxaram-na para baixo nas pesquisas. “Não se pode usar dois pesos e duas medidas”, fustigou Dilma noutra passagem. “Qual é a posição da senhora a respeito dos créditos para os bancos públicos, o chamado crédito direcionado subsidiado? A senhora sabe a quanto monta esse crédito?”

Além de se converter num ser que se justifica, Marina fazia propaganda dos programas expostos na vitrine eleitoral de sua antagonista: “Eu não só vou manter o crédito dos bancos públicos para o Minha Casa, Minha Vida, para ajudar a nossa agricultura a se desenvolver, como vou fortalecer, sim, os banos públicos. Isso é mais um boato que está sendo dito em relação à nossa aliança, de que nós vamos enfraquecer os bancos públicos.”

Dias atrás, Marina chorou ao comentar os ataques que o petismo lhe faz com o endosso de Lula. De tanto se queixar dos boatos criados na usina de marketing de João Santana, a rival de Dilma corre o risco de se autofragilizar. De resto, candidato que reclama de malandragens dos rivais pode acabar soando como comandante de navio que se queixa do mar.

COM AMARAL, FUTURO DO PSB É SOMBRIO


Coluna Fogo Cruzado – 29 de setembro

Sob a presidência de Eduardo Campos, o PSB elegeu seis governadores em 2010 e quatro prefeitos de capitais em 2012

Sob a presidência de Eduardo Campos, o PSB deixou de ser um partido nanico a partir de 2010 quando disputou a venceu a eleição em seis Estados: Pernambuco, Paraíba, Ceará, Piauí, Amapá e Espírito Santo. Em 2012 o processo de crescimento continuou. O partido conquistou 430 prefeituras, entre elas a do Recife, Fortaleza, Belo Horizonte e Cuiabá. Em 2014, viabilizou um candidato à Presidência da República, que seria o próprio Eduardo Campos, para concorrer com Dilma Rousseff e o senador Aécio Neves. A morte do ex-governador, porém, não impediu que o partido ficasse na luta com a candidatura de Marina Silva, que apesar de ter menos densidade política do que ele deverá ir ao 2º turno com a atual presidente. Sob o comando de Roberto Amaral, entretanto, o futuro do PSB é sombrio, pois é improvável que o partido continue crescendo sob a orientação de um político superado e de difícil trato com os próprios aliados.

O difícil parto pró Amaral

Em que pese os apelos que recebeu para cancelar a reunião do diretório nacional do PSB que estava marcada para hoje, o presidente interino, Roberto Amaral, não cedeu. Bateu o pé e disse que a reunião seria realizada de qualquer jeito. Só após as ponderações da viúva Renata Campos concordou com o adiamento para 13/10, desde que a secção pernambucana do partido se comprometesse a apoiá-lo mediante um documento escrito. Foi uma chantagem que deu certo.

Turrão – Fizeram apelo a Roberto Amaral para adiar a reunião do PSB que se realizaria em SP, na tarde de hoje, os governadores João Lyra (PE), Ricardo Coutinho (PB) e Renato Casagrande (ES), além dos prefeitos Geraldo Júlio (Recife) e Mauro Mendes (Cuiabá) e do senador Rodrigo Rollemberg (DF). Amaral, julgando-se uma grande liderança, não deu bola para nenhum deles.

Vitória – O Nordeste será, de novo, a região que dará a Dilma a maior vitória proporcional do país. Ela tem 55% das intenções de votos na região e venceria Marina, hoje, nos nove estados.

Tempo – Caso haja 2º turno na eleição presidencial, cada um dos finalistas terá 10 minutos de TV. Mas no PSB já há quem pergunte o que Marina Silva fará para ocupar aquele espaço.

Debate – Os dois principais candidatos ao Governo do Estado, Paulo Câmara (PSB) e Armando Monteiro (PTB), foram ao debate da TV Clube conscientes de que ele não lhes daria um voto.

Saldo – Os protestos populares que ocorreram em Pernambuco em junho de 2013 deixaram como saldo político apenas um candidato a deputado estadual: Pedro Josephi (PSOL), que encabeçou a luta pelo passe livre. Depois de Edilson Silva (foto), ele é o preferencial do partido.

Clássico – Mais uma vez, Danilo Cabral (PSB) deve ser o majoritário em Surubim, sua terra, para a Câmara Federal. Mas a disputa entre ele e Mozart Sales (PT) será apertada porque o petista tem o apoio do prefeito Túlio Vieira e do seu antecessor, Flávio Nóbrega, ambos do PT.

Sintonia – Dilma, segundo o Datafolha, ultrapassou Marina em Pernambuco, mas a totalidade dos eleitores que votam nela não está fazendo o mesmo com Armando Monteiro (PTB), que é o candidato do PT. Atribui-se isto ao fato de a maioria das cidades do Sertão, onde a presidente é forte, não ter acesso ao horário político da televisão. Assiste ao guia eleitoral, mas de outros estados.

Memória – O prefeito Geraldo Júlio (PSB) estendeu para o campo pessoal as críticas que faz a Armando Monteiro (PTB), esquecido de que o adversário de hoje pode ser o aliado de amanhã. O exemplo foi Eduardo Campos, que se reconciliou com Jarbas Vasconcelos (PMDB) após 20 anos de briga política e inimizade pessoal. O próprio Eduardo dizia que as ideias podiam brigar; os homens, não.

domingo, 28 de setembro de 2014

ELA TEM FORÇA: ADIOU VOTAÇÃO E FEZ DE GERALDO VICE





Uma ligação de Renata Campos para Carlos Siqueira, o primeiro-secretário do PSB, selou o adiamento da votação que escolherá a nova cúpula do partido. A contragosto, o presidente Roberto Amaral foi convencido a abortar a reunião marcada para amanhã, segundo informa Bernardo Mello Franco, na edição deste domingo da Folha de S.Paulo.

Informa ainda o colunista que o prefeito do Recife, Geraldo Júlio deverá ser o novo primeiro vice-presidente da sigla, com o apoio de Renata Campos. Roberto Amaral será reconduzido à presidência nacional, mas terá que dividir poderes.

A votação, inicialmente marcada para amanhã, destinada a reconduzir Roberto Amaral à presidência nacional do PSB, no lugar que pertencera a Eduardo Campos, vinha se transformando num ponto de discórdia e até ameaça de rebelição dentro do partido. Por aí se vê a importância da interferência de Renata Campos. Veja abaixo a troca de notas partidárias que culminaram com a mudança de data do evento:

De Roberto Amaral:

Prezado amigo

Agradeço, de forma comovida, sua solidariedade. Devo-a pessoalmente, e deve-lhe coletivamente nosso Partido. Recebi, nesse período inumeráveis provas de confiança e apoio. Serei sempre grato. Recentemente, os companheiros de Pernambuco insistiram no adiamento da Reunião do Diretório Nacional que ocorreria na tarde desta segunda-feira. O argumento fundamental era a proximidade das eleições de primeiro turno, e sua eventual repercussão no pleito pernambucano. Hoje, nesta manhã de sábado, o companheiro Carlos Siqueira recebeu de Renata Campos apelo a uma composição unitária. Discuti-o com Carlos, Luiza Erundina, Márcio França e com Milton Coelho que concordaram com o entendimento/compromisso que está resumido no texto que se lê na sequência.

Prezado companheiro Roberto Amaral

Agradecemos sua compreensão concordando com o adiamento da Reunião do Diretório Nacional para o próximo dia 13 de outubro, ocasião em que será eleita a nova Executiva Nacional do PSB. Nesta oportunidade, reafirmamos nosso apoio à sua candidatura à presidente do Partido para o triênio 2014/2017.

Recife, 27 de setembro de 2014
Sileno Guedes
Geraldo Julio

De acordo
Roberto Amaral
Luiza Erundina
Márcio França

Em face de todo o exposto, mantenho minha candidatura, se continuar contando com sua confiança.

Saudações socialistas

Roberto Amaral 

MARINA AMANHÃ EM PERNAMBUCO; RENATA NO PALANQUE

Marina Silva deverá estar amanhã em comício com Renata Campos e três filhos, na Região Metropolitana do Recife, destaca Ilimar Franco na sua coluna do Globo. O objetivo é ampliar a votação em Pernambuco, onde as pesquisas indicam que há empate com a presidente Dilma. E, também, consolidar a posição de favoritismo do candidato da Frente Popular ao governo de Pernambuco, Paulo Câmara(PSB), que começa a disparar nas pesquisas na frente de seu concorrente, o petebista Armando Monteiro.

Renata vem se constituindo numa voz muito ouvida e decisiva dentro do partido, em nível nacional. Exemplo é sua participação no episódio da reunião que reconduziria Roberto Amaral à Presidência do PSB, decisão que vinha se constituindo no pavio de uma rebelião na legenda, principalmente do segmento pernambucano. Um intervenção da viúva de Eduardo Campos e a situação foi contornada.
 
DO BLOG DE MAGNO MARTINS. 

POLÍTICA 2014





CHARGE DO DIA

charge regi 2809 580x270 Brincadeira de Criança

FRASE DO DIA



Aécio se recusou a fazer oposição. Em vez de criticar o PT, preferiu se dedicar à disputa com Marina.

WALTER FELDMAN, COORDENADOR DA CAMPANHA DE MARINA

A PEDIDO DE RENATA CAMPOS, ELEIÇÃO INTERNA PARA DEFINIR RUMOS DO PSB É ADIADA PARA 13 DE OUTUBRO


Renata leu uma mensagem para os correligionários no ato para reforçar campanha de Paulo Câmara. Foto: JC Imagens

Por Jamildo Melo e Marcela Balbino

Atendendo a um pedido do diretório do PSB em Pernambuco e da ex-primeira-dama Renata Campos, o presidente interino do PSB, Roberto Amaral, decidiu neste sábado (27) adiar a eleição que iria definir a nova executiva nacional da legenda. A consulta estava marcada para a próxima segunda-feira (29), mas a cúpula nacional decidiu postergar para 13 de outubro.

A ala pernambucana da sigla levou a Amaral que a proximidade das eleições, marcada para 5 de outubro, prejudicaria o processo interno do partido.

O telefonema de Renata Campos foi dado na manhã deste sábado. Pregando unidade à sigla, a ex-primeira-dama conversou com o secretário-geral do PSB, Carlos Siqueira, e o deputado federal Márcio França (PSB/SP), candidato a vice-governador na chapa do tucano Geraldo Alckmin.

Também ajudou nas articulações o ex-coordenador nacional da campanha socialista Milton Coelho, amigo pessoal de Eduardo Campos que abandonou a campanha após a morte do ex-governador.

Os convencionais de Pernambuco argumentaram que, se a eleição fosse mantida, apenas suplentes poderiam participar da votação, uma vez que governadores e candidatos a governadores estariam na reta final da campanha. É o caso do governador da Paraíba, Ricardo Coutinho, que avisou não poder abandonar a disputa para ir a Brasília participar do processo.

Antes do entendimento, também uma guerrilha jurídica já estava armada. Pelo menos cinco diretórios estaduais, entre eles Pernambuco, Brasília e Paraíba, já haviam produzido pedidos de liminares para adiar a eleição na Justiça. Como a discussão iria se processar ainda na segunda-feira, haveria tempo mais do que suficiente para embargar judicialmente a consulta.

Nos bastidores, a informação era de que a corrente pernambucana do PSB estava se movimentando, caso não houvesse acordo, para criar uma ala de oposição a Amaral. Um dos nomes ventilados era o do vice candidato à Presidência da República Beto Albuquerque para ficar à frente da legenda no âmbito nacional.

A hipótese de lançar outra pessoa, no entanto, foi desconstruída. Em entrevista ao Blog de Jamildo, o presidente da sigla em Pernambuco, Sileno Guedes, afirmou que o sentimento do partido é que Roberto Amaral seja eleito para continuar capitaneando a legenda.

O socialista está há décadas na cúpula partidária e já assumiu o posto de vice-presidente na época de Miguel Arraes e de Eduardo Campos.

Roberto Amaral em conversa com Marina. Foto: Agência Brasil


ENTENDA O PROCESSO – Há uma semana, Roberto Amaral surpreendeu os correligionários ao agendar uma reunião a seis dias do processo eleitoral, com o intuito de escolher o novo presidente do partido, vaga deixada pelo ex-governador Eduardo Campos, que faleceu no trágico acidente aéreo em Santos, no dia 13 de agosto.

Inicialmente, a movimentação dos pernambucanos era lançar o prefeito do Recife Geraldo Julio, com o objetivo claro de ganhar musculatura nacional e dar continuidade ao legado deixado pelo ex-governador Eduardo Campos. Atribui-se o impasse ao fato de o prefeito ter pouco tempo de partido, ele é filiado há apenas três anos e ainda pavimenta a trajetória nacional.

Amigo e aliado do ex-presidente petista Luiz Inácio Lula da Silva, de quem foi ministro de Ciência e Tecnologia, Amaral era contrário à candidatura própria e defendia a manutenção do apoio à reeleição de Dilma Rousseff. Foi voto vencido.

LEIA A NOTA DE ROBERTO AMARAL, DIVULGADA NO SITE DO PSB:

Prezado amigo

Agradeço, de forma comovida, sua solidariedade. Devo-a pessoalmente, e deve-lhe coletivamente nosso Partido. Recebi, nesse período inumeráveis provas de confiança e apoio. Serei sempre grato. Recentemente, os companheiros de Pernambuco insistiram no adiamento da Reunião do Diretório Nacional que ocorreria na tarde desta segunda-feira. O argumento fundamental era a proximidade das eleições de primeiro turno, e sua eventual repercussão no pleito pernambucano. Hoje, nesta manhã de sábado, o companheiro Carlos Siqueira recebeu de Renata Campos apelo a uma composição unitária. Discuti-o com Carlos, Luiza Erundina, Márcio França e com Milton Coelho que concordaram com o entendimento/compromisso que está resumido no texto que se lê na sequência.

Prezado companheiro Roberto Amaral

Agradecemos sua compreensão concordando com o adiamento da Reunião do Diretório Nacional para o próximo dia 13 de outubro, ocasião em que será eleita a nova Executiva Nacional do PSB. Nesta oportunidade, reafirmamos nosso apoio à sua candidatura à presidente do Partido para o triênio 2014/2017.

Recife, 27 de setembro de 2014
Sileno Guedes
Geraldo Julio

De acordo
Roberto Amaral
Luiza Erundina
Márcio França

Em face de todo o exposto, mantenho minha candidatura, se continuar contando com sua confiança.

Saudações socialistas
Roberto Amaral

Portal PSB 40

EM PETROLINA, JOÃO CAMPOS É RECEBIDO COMO POP STAR

Por JAMILDO



O herdeiro de Eduardo, João Campos, foi a Petrolina participar na manhã deste sábado de uma caminhada da Frente Popular de Pernambuco, com concentração na Avenida Monsenhor Ângelo Sampaio.

Na noite de sexta-feira, foi recebido como pop star ao chegar ao Aeroporto Internacional Senador Nilo Coelho, em Petrolina, ao lado de Raul Henry, candidato a vice-governador, e a comitiva. O filho de Eduardo foi recebido por jovens e por servidores da educação, levados ao local pelo candidato a deputado estadual, Lucas Ramos (PSB).

“João Campos é mais um símbolo daquilo em que acreditamos, da nova política que o pai dele nos ensinou. Eduardo nos deixou um legado, a esperança de um novo Pernambuco, e vamos levá-lo adiante”, disse Lucas Ramos.

Horas antes, professores, técnicos da educação, merendeiras e estudantes participaram de uma reunião no comitê do candidato em Petrolina. O evento começou com uma grande ciranda, ao som de Madeira do Rosarinho. O deputado federal e candidato à reeleição, Gonzaga Patriota, foi representado pelo sobrinho Pedro Patriota.


Estavam ainda na caminhada os deputados Gonzaga Patriota e Fernando Filho (que busca a reeleição) e os postulantes à Assembléia Lucas Ramos, Miguel Coelho, Vilmar Cappellaro, além do prefeito Doni, de Lagoa Grande, Ronieri Reis, de Dormentes.




MARINA QUER INVESTIGAR ACUSAÇÃO DE DOLEIRO CONTRA DILMA


A candidata do PSB à sucessão presidencial, Marina Silva (PSB), defendeu neste sábado (27) a apuração de denúncia feita pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa de que recebeu pedido de contribuição de R$ 2 milhões para a campanha de Dilma Rousseff à Presidência em 2010.

A presidenciável ressaltou que o ex-diretor da empresa estatal tem feito "acusações muito graves", as quais "fazem estremecer a República". O conteúdo do depoimento de Paulo Roberto Costa à Polícia Federal foi revelado neste sábado (27) pela revista "Veja".

"Que a Justiça Federal faça a investigação e que sejam concluídos os trabalhos da Polícia Federal e do Ministério Público para que se tenha um veredito de culpar aqueles que sejam culpados e inocentar quem for inocente", disse.

Segundo a revista, o pedido do dinheiro foi feito pelo ex-ministro Antonio Palocci, que era um dos coordenadores da campanha da presidente. Em viagem ao exterior, procurado pela Folha, Antonio Palocci se manifestou por meio de seu advogado, José Roberto Batochio.

O petista diz conhecer Paulo Roberto Costa, por causa do cargo que o ex-diretor ocupou na Petrobras, mas "nega veementemente e repudia essa manobra eleitoreira".
EDUARDO CAMPOS

A candidata do PSB concedeu neste sábado (27), ao lado de seu vice Beto Abulquerque, entrevista à imprensa na sede do comitê central de sua candidatura, na capital paulista.

Perguntado sobre o nome do ex-presidenciável Eduardo Campos (PSB) ter sido citado por Paulo Roberto Costa como um dos envolvidos no escândalo de corrupção da Petrobras, Beto Abulquerque defendeu que não há nenhuma denúncia que envolva o pessebista, morto em agosto.

"Até agora não há absolutamente nada que comprove qualquer envolvimento do Eduardo Campos", ressaltou. 




Fonte: Folha de S.Paulo - Gustavo Uribe - Ranier Bragon

DILMA QUER CAIXA 2 COMO CRIME ELEITORAL

A presidente Dilma Rousseff (PT) prometeu que, se reeleita, vai apresentar projeto para que a prática de caixa dois vire crime eleitoral.

Ela disse ainda que quer criar uma espécie de ação judicial que permita retirar um bem de uma pessoa que o obteve por meio ilegal, além de melhorar a estrutura de tribunais para permitir mais rigor e rapidez na investigação de pessoas com prerrogativa de foro e mudar a legislação para acelerar o julgamento de processos sobre desvio de recursos públicos. Dilma defendeu a regulação econômica da mídia durante entrevista concedida a blogueiros, sem detalhar como isso seria feito.

Fonte: Magno Martins

CAMPANHA ELEITORAL BRASILEIRA, UMA MONTANHA RUSSA SÓ

A presidenta Dilma Rousseff volta a liderar as pesquisas depois de uma reação surpreendente a uma semana do primeiro turno

Cartaz de Dilma é pendurado em um ato de campanha. / ERALDO PERES (AP)

A última pesquisa publicada no Brasil sacudiu de novo a campanha (e o país), revelando algo que parecia impossível um mês atrás: a presidenta Dilma Rousseff volta a estar na liderança com apreciável distância. No fim de agosto, a candidata Marina Silva, do Partido Socialista Brasileiro (PSB), subia 15 pontos de uma tacada só e, de repente, colocava-se como a favorita da corrida eleitoral para governar o Brasil. Dilma Rousseff, do Partido dos Trabalhadores (PT), segurava o tranco com muita dificuldade e empatava com a rival.

Marina Silva beneficiava-se então do efeito surpresa de se tornar em um dia a candidata presidencial, depois da morte do titular, Eduardo Campos, em um acidente aéreo. A ex-ministra do Meio Ambiente capitalizou bem a comoção que envolveu o país depois do acidente e passou a defender, segundo ela, uma nova forma de fazer política. Menos de um mês depois, tudo mudou: uma pesquisa divulgada ontem pela Folha de S. Paulorevela que a presidenta se distanciou da adversária, a quem agora supera em 13 pontos, o que se traduz em quase 15 milhões de votos. Em uma semana, Dilma Rousseff conseguiu superar Silva em seis pontos percentuais, o que mostra a trajetória (agora) descendente de Marina Silva e a (agora) ascendente da atual presidenta. Uma montanha-russa e tanto.

A tal ponto que há especialistas segundo os quais, mantida essa tendência, Rousseff – que há um mês contemplava com certa impotência o furacão Silva – poderia ganhar no primeiro turno, que ocorre no próximo dia 5 de outubro, isto é, em oito dias: para isso, seria necessário obter mais de 50% dos votos válidos. O terceiro candidato na disputa, Aécio Neves, embora cresça ligeiramente em suas projeções de voto, permanece em terceiro lugar. As eleições brasileiras, por enquanto, continuam sendo um assunto entre duas mulheres.

O que aconteceu? Como pôde Silva desinflar-se assim? Observando-se a trajetória eleitoral da candidata do PSB, parece o voo de uma bala de canhão: sobe desde meados de agosto, chega ao seu ponto mais alto em 5 de setembro, e desde então não para de cair.

Quando iniciou sua corrida à presidência (e sua meteórica ascensão), muitos especialistas asseguraram que o verdadeiro inimigo de Silva era o tempo. O fator surpresa a havia beneficiado, mas, passada a primeira estupefação e encaixado o primeiro golpe, a máquina eleitoral do Partido dos Trabalhadores (PT) começaria a minar o efeito Marina. Rousseff, por lei, e devido às alianças políticas do seu partido, goza diariamente de muitos minutos a mais para fazer campanha na televisão. O PT dispõe de mais de 11 minutos, e o PSB não chega a 3. E Rousseff soube aproveitar isso: concentrou essas mensagens em insinuar que, se Marina Silva ganhar, muitas das conquistas sociais obtidas com o PT (salários sociais às famílias mais pobres, subvenções para moradia…) iriam desaparecer.

Silva se esforçou durante todas estas semanas em desmentir isso. Mas a mensagem colou. Sobretudo nas classes sociais que tanto Silva como Rousseff disputam, a chamada classe C, a nova classe média brasileira, composta por 30 milhões de pessoas que abandonaram a pobreza na última década, sob os governos do PT. Até agora, essa população votava sempre no PT, personificado primeiro em Lula e depois em Rousseff, mas hoje ela está repensando. Os especialistas consideram que o eleitor de Silva é mais volúvel, que o partido que a abriga carece da estrutura e do aparato eleitoral do PT.

Rousseff, além disso, une as críticas à sua rival a uma constante alusão às conquistas obtidas no seu Governo. Fez isso – e foi muito criticada –até no discurso inaugural da 65ª edição da Assembleia Geral das Nações Unidas, nesta semana. Seja como for, a estratégia funciona. Rousseff acusa Silva de ser uma candidata inconsistente e de prejudicar os mais pobres. Silva se defende recordando sua origem muito humilde e esgrimindo um programa de Governo (coisa que os outros candidatos não divulgaram, para evitar críticas e cair em contradições). O problema duplo para Silva é que, do outro lado, o mais conservador Aécio Neves, também empenhado em minar a candidata do PSB – já que sua única oportunidade passa pela derrota dela –, a tacha de 'maria vai com as outras'. E Silva recorda, em cada comício, que militou por mais de 25 anos no PT. O laço apanhou Silva, e está apertando.

Fonte: El País