sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

DA COLUNA DE INALDO SAMPAIO


 

 por Inaldo Sampaio

Coluna Fogo Cruzado – 19 de dezembro

O juiz Luiz Rocha não aceitou a validade do curso a distância que o ex-deputado Pedro Corrêa teria feito na prisão

O ministro Luís Roberto Barroso (STF) deverá decidir ainda hoje se concede ou não ao ex-deputado pernambucano Pedro Corrêa (PP) o direito de cumprir o restante da pena a que foi condenado no processo do mensalão em regime domiciliar, tal qual já decidiu em relação aos ex-deputados José Dirceu, José Genoíno, Bispo Rodrigues e Valdemar Costa Neto. Os advogados de Corrêa alegam que ele já cumpriu um sexto da pena que lhe foi imposta pelo STF, estando consequentemente habilitado para deixar o regime semiaberto na penitenciária de Canhotinho. Segundo a Lei das Execuções Penais, para cada três dias de trabalho ou estudo, abate-se um no conjunto da pena. Corrêa teria atendido a esses requisitos e só não foi liberado ainda porque o juiz das execuções penais, Luiz Rocha, não aceitou o suposto curso que ele teria feito a distância e os dias trabalhados na vacaria do presídio e numa clínica de Garanhuns.

Uma tradição interrompida

Após ser diplomado hoje pela Justiça Eleitoral, Paulo Câmara (PSB) se tornará o 1º governador da história de Pernambuco, de 1982 para cá, que não ocupou antes um desses cargos: prefeito do Recife, vice ou ministro. Roberto Magalhães foi vice de Marco Maciel; Arraes, Joaquim Francisco e Jarbas Vasconcelos foram prefeitos da capital, e Eduardo Campos foi ministro. Câmara quebrou uma tradição que Fernando Bezerra e João Lyra Neto queriam continuar.

Gesto – O prefeito Geraldo Júlio (PSB) sinalizou ontem, concretamente, ao comparecer à diplomação de Dilma, em Brasília, que arquivou em definitivo a proposta de fazer oposição ao governo federal tal como chegou a defender após o 2º turno da eleição presidencial. Oposição a Dilma, se houver, será feita pelos 34 deputados federais e os 6 senadores do PSB, não por ele.

Comando – Com o afastamento do prefeito José Queiroz (Caruaru) da presidência regional do PDT, o partido passará a ser comandado em Pernambuco pelo grupo que se aliou ao PTB.

Sonho – O deputado João Paulo (PT) está na expectativa de ser chamado por Dilma para ocupar um cargo de relevo no governo federal. “O meu mandato só termina em 31 de janeiro”, diz ele.

Leitura – O senador eleito Fernando Bezerra (PSB) voltou anteontem do DF lendo um livro de letra miúda, que nenhum dos deputados que estavam com ele no avião conseguiu ver o nome.

Paizão – Se ainda fosse deputado, Emanuel Bringel (PSDB) votaria em Guilherme Uchoa para continuar na presidência da Assembleia Legislativa e diz por quê: “Ele é uma espécie de ‘pai’ de todos os deputados e nunca deixou ninguém na mão. É solidário com todos”.

Trio – Com a saída de Raul Jungmann (PPS) e Priscila Krause (DEM) da Câmara Municipal do Recife, um trio feminino deve se destacar na oposição: Aline Mariano (PSDB), Marília Arraes (PSB) e Isabella de Roldão (PDT). Vera Lopes (PPS), suplente de Jungmann, é uma incógnita.

Té logo! – Convocado por Dilma para o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o senador Armando Monteiro (PTB) deu um “até logo” ontem, ao Senado, já que seu mandato só se encerrará em janeiro de 2019. O pernambucano tem como desafio botar a economia de novo para crescer junto com os ministros Nélson Barbosa (Planejamento) e Joaquim Levy (Fazenda).

Frieza – O líder do governo na Alepe, Waldemar Borges (PSB), que só veio conhecer Paulo Câmara mais de perto quando ele se tornou o candidato da Frente Popular ao governo estadual, destaca outra “característica positiva” do governador eleito: a frieza. “Ele encara os problemas com naturalidade e não se aperreia com absolutamente nada. A gente às vezes esquenta a cabeça. Mas ele, não”.

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