sexta-feira, 25 de julho de 2014

DA COLUNA DE MAGNO MARTINS




Sem muita conversa

Na passagem, ontem, pelo Recife, para acompanhar o funeral do escritor e dramaturgo Ariano Suassuna, a presidente Dilma relembrou o seu primeiro encontro com o dramaturgo. Após cumprimentar os familiares, ela manteve uma rápida conversa com o ex-governador e presidenciável Eduardo Campos (PSB), na qual relembrou que foi Eduardo o responsável por apresentar o escritor.

'Eita! Foi você (Eduardo Campos) quem me apresentou a ele', disse a presidente, segundo relato do portal 247. A cordialidade, porém, não poupou a presidente de um constrangimento quando os presentes ao velório entoaram a música 'Madeira do Rosarinho, do compositor pernambucano Capiba, que era cantada frequentemente por Ariano em eventos políticos e é considerada uma espécie de hino de campanha do PSB.

Dilma cancelou a agenda prevista no Rio de Janeiro para acompanhar o velório do escritor. Após desembarcar na Base Aérea, anda no início da tarde, se dirigiu diretamente para o Palácio do Campo das Princesas, onde ocorreu o velório. Assim que chegou, se dirigiu diretamente aos familiares de Ariano para prestar os pêsames pela morte do escritor.

A presidente estava acompanhada do governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), e o líder do PT no Senado, Humberto Costa, que viajaram a Pernambuco no mesmo voo que trouxe a presidente.

Pela programação presidencial, ontem, no Rio, Dilma visitaria as obras de integração do FPSO Cidade de Mangaratiba, as obras do Parque Olímpico e Vila dos Atletas, na Barra da Tijuca, e das sondas de perfuração do pré-sal, em Angra dos Reis.

Números divergentes– O jornalista Ricardo Kotscho avalia que há 'diferenças estranhas' nas simulações de segundo turno realizadas pelos institutos Datafolha e Ibope, divulgadas com um intervalo de quatro dias. Enquanto o primeiro registra empate técnico entre a presidente Dilma Rousseff e o tucano Aécio Neves, o segundo prevê vitória com larga vantagem da petista. Em seu blog, Kotscho cobra que os responsáveis pelas pesquisas venham a público 'para explicar as possíveis razões de números tão divergentes'.

Na cuia –
  A Taperoá que Ariano projetou tanto no cenário nacional sofre um grande colapso de água. Embora o Governo do Estado tenha construído uma solução emergencial com uma adutora, a água só chega às torneiras duas vezes por semana. E ninguém escapa do velho hábito do banho de cuia.



Ruim de urna– Apesar de famoso, Ariano não exerceu nenhum tipo de influência política em sua terra natal. “Minha família sempre foi ruim de voto”, costumava dizer numa referência a um tio que disputou uma vez a Prefeitura de Taperoá e não obteve sucesso nas urnas. O domínio do poder local continua com a família Farias, que na gestão atual já deu espaço aos Vilar e Suassuna.

Olho no 2º turno– Nem o PT nem o PSDB acreditam no potencial de Eduardo Campos (PSB) e muito menos na alavancagem de Marina Silva (Rede). A tática do momento é a de não hostilizar o ex-governador pernambucano. Nem Aécio nem Dilma acredita que o socialista será capaz de quebrar a polarização histórica entre o PT e o PSDB. Por isso, contam com o seu apoio no segundo turno.

Processo nas costas –
  Após ser acusado como um dos responsáveis por oferecer dinheiro para que o Pros apoiasse a candidatura de Paulo Câmara (PSB) ao Governo de Pernambuco, o líder do PP na Câmara, Eduardo da Fonte, anunciou que irá processar o também deputado federal José Augusto Maia (Pros-PE), na foto, responsável pela denúncia, por calúnia e difamação. A queixa-crime deverá ser feita junto ao Superior Tribunal Federal (STF).

CURTAS

Nos funerais– Segundo denúncia feita por José Augusto Maia ao jornal Folha de São Paulo, o Pros teria recebido uma oferta em dinheiro em troca do apoio à candidatura de Paulo Câmara, cujo coligação conta com 21 partidos. O parlamentar, que exerceu o cargo de presidente da legenda em Pernambuco, também apontou o presidente nacional do PP como um outro responsável pela oferta.

DEPOIMENTO – Um dos momentos mais marcantes dos funerais de Ariano foi quando vários cavaleiros, representando mouros e cristãos do romance A Pedra do Reino, cruzaram suas lanças sobre o caixão. O gesto era utilizado para marcar a chegada de Ariano às cavalgadas que ele fazia no município de São José do Belmonte.

Perguntar não ofende: Por que Lula não veio se despedir de Ariano, seu grande amigo?

Nenhum comentário:

Postar um comentário