terça-feira, 29 de julho de 2014

CRISTO REDENTOR AZUL

Cristo Redentor é iluminado em azul em campanha contra o tráfico de pessoas A campanha foi lançada no Cristo Redentor pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, que ressaltou o aumento das notificações relativas aos delitos

Agência Brasil

Publicação: O Cristo Redentor ganhou uma iluminação azul na noite de (28), como forma de marcar a campanha Coração Azul, contra o tráfico de pessoas, desenvolvida pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) em vários países.



Relatório lançado pelo governo brasileiro, com dados de 2012, mostra que 547 casos de tráfico de pessoas para trabalho análogo à escravidão ou exploração sexual foram registrados pelo Departamento de Polícia Rodoviária Federal (DPRF) em operações pelo país. O número é ainda maior, se forem consideradas outras bases de dados oficiais.

A campanha foi lançada no Cristo Redentor pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, que ressaltou o aumento das notificações relativas aos delitos. “Isto mostra que está havendo uma conscientização maior de vítimas ou pessoas que sabem a existência desse crime, no desejo de informar às autoridades, o que tem permitido mais ações. Mas ainda há muito a fazer, pois sabemos que o universo de pessoas vítimas desse crime é muito maior, então precisamos nos esforçar e unir, cada vez mais, em relação a isso”, destacou Cardoso.

O ministro também ressaltou que é preciso aperfeiçoar a legislação penal sobre o tema. “Há projetos de lei que estão em curso no Congresso Nacional justamente para que nós possamos ter uma maior eficácia no enfrentamento desse crime. Há um projeto que coloca a dimensão normativa do crime de maneira mais adequada. Não só em relação ao tráfico com fins de exploração sexual, mas também para outras formas, como remoções de órgãos, e todas as formas que temos de tráfico”, explicou.
 
O secretário Nacional de Justiça, Paulo Abrão, também participou da solenidade e ressaltou que uma das conquistas no combate ao tráfico de pessoas foi a redução no número de crianças e adolescentes vítimas. “Elas representavam 60% das vítimas. Hoje são 40% das mulheres entre 10 e 29 anos de idade, sem escolaridade, de cor negra e pobres, que representam a maioria das vítimas do tráfico de pessoas para fins de exploração sexual”, disse.

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